Garena realiza demissões em massa, e BOOYAH! deve ser descontinuado

De acordo com reportagem divulgada pela Reuters, a empresa dona da Garena, Sea, está demitindo diversos funcionários ao redor do mundo, e um dos locais afetados foi o Brasil. Além disso, a plataforma de transmissões ao vivo BOOYAH! não deve mais receber suporte e será descontinuada.

O motivo das mudanças é provavelmente os resultados divulgados pela Sea para o trimestre, que apontaram um prejuízo de US$ 931 milhões. A má performance também se refletiu no preço das ações da empresa, que despencaram de janeiro até o momento, perdendo mais de 75% de seu valor.

Além da Garena, outros grandes projetos da Sea relacionados a blockchain e cloud computing também foram afetados, com alguns inclusive sendo fechados. Vale ressaltar que a companhia também é dona da Shopee, que em junho, demitiu diversos funcionários das divisões da Ásia e América Latina.

Um porta-voz da Sea falou a Reuters que as mudanças estão sendo feitas para “melhorar a eficiência das operações”, com foco no “fortalecimento do ecossistema a longo prazo”. Contudo, ele preferiu não revelar quantos funcionários foram demitidos.

Em fevereiro deste ano, a Garena sofreu um grande golpe, com o banimento do Free Fire na Índia, maior mercado do jogo. Após isso, a empresa viu o número de usuários pagantes despencar quase 40%.

Brasil também foi afetado com demissões

O Brasil, que é famoso pela popularidade do Free Fire, também foi um dos afetados. O portal Voxel, site brasileiro jornalístico sobre jogos eletrônicos, conversou com uma pessoa que trabalhava na empresa e foi desligada. De acordo com o relato, o fato pegou todos de surpresa na empresa, já que tudo parecia bem.

“A notícia [sobre a demissão] foi um atropelo, sabe? Eu só pensei em como vou pagar as contas e manter as coisas em dia daqui para frente. Porque era o salário, plano de saúde e benefícios que ajudavam muito o dia a dia e as coisas não tão baratas. Foi um choque muito grande, fico triste por mim e por outras pessoas que saíram que também dependiam muito de estar lá”, contou o ex-funcionário anonimamente.