Opinião: modo fácil não tira a alma do soulslike, mas pode ferir seu ego
A discussão sobre um possível modo normal (fácil) sempre esteve presente quando se fala dos jogos soulslike, nome dado às obras inspiradas em Dark Souls. Popularmente reconhecidos pelo excessivo grau de dificuldade, que muitas vezes afasta jogadores, há quem defenda a falta de acessibilidade aos jogos do gênero, mas por quê?
Na minha opinião, a essência desse debate sempre foi o ego. Não vejo como o fato de uma parcela maior de jogadores usufruir de algo possa ofuscar a conquista daqueles que optam por uma dificuldade maior. O que motiva quem defende a ausência de acessibilidade nos jogos soulslike não é a preservação da experiência proposta pelo autor ou algo do tipo, mas sim a ideia de exclusividade e o sentimento de “superioridade”.
De modo algum. Como jogadora de Destiny 2, adoro desafios complexos e estou sempre em busca das melhores recompensas. Acredito que o sentimento de conquista é algo realmente valioso. Quando completei minha primeira masmorra sozinha, foi uma experiência emocionante e significativa para mim. Saber que outros jogadores conseguem completar a mesma masmorra em grupo não diminui o valor da minha conquista.
Não há problema em querer ser o melhor ou alcançar grandes feitos, mas é importante não menosprezar aqueles que simplesmente usam os videogames para entretenimento, como foram criados para ser.
Vai além dos videogames
Considero que os ingredientes deste debate sobre a facilidade nos jogos soulslike refletem muito sobre nossa sociedade atual. O individualismo, a ideia de que tudo é uma competição e a preocupante falta de empatia promovem conflitos e discursos de ódio, tornando o mundo um lugar cada vez mais hostil. Se alguém trava em Elden Ring ao não conseguir derrotar um boss, isso faz você, que concluiu o jogo, se sentir superior? Se sim, talvez seja hora de subir de nível em um jogo chamado vida.
62,2% dos jogadores de Elden Ring na Steam – mais da metade! – não conseguem acessar a nova DLC Shadow of the Erdtree porque não venceram chefes necessários para desbloquear o novo conteúdo. Romantizar a exclusão de jogadores não apenas diminui a experiência para muitos, mas também pode resultar em menos lucro.
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É inegável que a sensação de superar obstáculos é uma parte fundamental de jogos como Elden Ring, mas as pessoas são únicas. O que é desafiador para mim pode ser fácil para você, e vice-versa. Permitir que os jogadores moldem essa experiência de forma alguma tira a essência do soulslike; apenas o torna mais acessível, embora essa acessibilidade possa ferir o seu ego.
Sua conquista não deveria ganhar ênfase diante do fracasso dos outros.
Minha amiga, antes de escrever sobre algo q tu desconhece, procura pesquisar antes, as pessoas reclamam da dificuldade do jogo para q elas se sintam bem, mas n passou pela tua cabeça q simplesmente pode n ser um jogo pra ti? Ou se tu quer muito jogar, então persista e vença os desafios, n é sobre competição, é sobre superar barreiras, eu sou horrível em jogo de futebol, devo chorar na internet pra q facilitem as coisas pra mim pois n consigo jogar? Entendeu pq esse argumento é péssimo?
Como voce fala bosta, impressionante….