Opinião: Furq na ranqueada do VALORANT é como Tiririca no congresso 

Stream de Furq
Foto: Reprodução/Twitch

A competição, a busca pela vitória, é o que impulsiona uma partida ranqueada. Entretanto, quando um circo é montado nesse cenário, mesmo que seja por um bom palhaço, o jogo perde sua essência.

Daniel “Furq” Furquim é um streamer de VALORANT que abandonou o estilo de jogo tryhard para focar em fazer humor no FPS competitivo da Riot Games. Dono de uma criatividade louvável, o humorista utiliza objetos inusitados ou maneiras incomuns para “jogar” partidas ranqueadas.

Antes que me vejam como inimiga do entretenimento, o conteúdo de Furq é muito engraçado; na minha opinião, ele só está no lugar errado. Por exemplo, sou muito fã da MissMikkaa e vê-la derrotando os poderosos chefões de Elden Ring usando um tapete de dança é muito divertido, mas ao fazer isso ela não compromete a experiência de outros jogadores, o que não se pode dizer do conteúdo do brasileiro.

Ainda que nas partidas casuais haja jogadores comprometidos com a vitória e que visam evoluir no jogo, seria um local menos nocivo para esse tipo de conteúdo. Ver o Furq nas partidas ranqueadas de VALORANT é como ver o Tiririca no congresso: é engraçado, é polêmico, mas não deveria acontecer.

Com o slogan “Pior do que tá não fica”, o palhaço Tiririca foi eleito com um milhão e trezentos mil votos o deputado federal mais votado do país (Foto: Divulgação/Tiririca)

Não julgue quem apenas quer vencer

Mais absurdo ainda, é que tem quem ataque quem joga para vencer. Se você entra em uma partida ranqueada com qualquer outro objetivo que não seja a vitória, você está errado! Não levar a partida ranqueada a sério e transformá-la em um circo para fazer humor pode até não ser algo passível de punição pela Riot, mas é antiético, é desrespeitoso.

Quando comecei a acompanhar Rainbow Six, me recordo de ver alguns vídeos do Patife trollando partidas ranqueadas, até mesmo eliminando companheiros de equipe. Porém, após receber feedback negativo por tal comportamento, lembro dele se reinventar e continuar fazendo humor, mas levando o jogo a sério. Não se trata de jogar de cara fechada e sem piadinha, mas é impossível alguém estar levando o game a sério usando um leitor de código de barras no lugar do teclado e mouse, independentemente do elo em que esteja.

O Código de Comunidade de VALORANT diz: “Nunca sabote sua equipe ou tente arruinar a partida, mesmo que você não esteja se divertindo”. Furq, se as partidas ranqueadas de VALORANT se tornaram algo chato para você, busque outro modo, outro jogo, mas, por favor, pare de desrespeitar quem joga para vencer!

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