O Grupo SehLoiro, fundado pelo streamer e ex-jogador profissional de League of Legends Felipe “YoDa” Noronha, em parceria com o estúdio SL Games, lançou Raining Blood Hellfire 1.0, um jogo 2D com inspiração clara em Call of Duty Zombies, mas que consegue manter sua autenticidade.
Do gênero bullet hell com elementos roguelite, o título coloca o jogador no controle de Azaus, o Incansável — um “herói” nada convencional, movido por um ódio visceral aos demônios e encarregado de ser a última esperança contra as forças do inferno.


No jogo, enfrentamos hordas de inimigos e chefes poderosos em combates intensos. Morrer não representa o fim, já que cada run fortalece Azaus. Por meio de vantagens, runas e uma enorme árvore de habilidades, é possível evoluir constantemente e encarar os desafios com mais recursos a cada tentativa.
Assim como no clássico da Activision, Raining Blood Hellfire 1.0 trabalha com rounds de inimigos em dificuldade crescente. O jogador precisa derrotar demônios e usar o sangue coletado como moeda para abrir novas áreas do mapa, comprar armas e desbloquear runas que fortalecem sua jornada.


Um dos destaques fica por conta da variedade de armamentos disponíveis. De armas flamejantes a opções aquáticas, incluindo uma improvável arma de leite, o arsenal é criativo e eficiente para enfrentar as hordas a cada rodada. O objetivo principal é liberar todo o mapa e alcançar o ponto final, onde uma boss fight eletrizante aguarda o jogador.
O jogo também apresenta um humor peculiar que merece ser destacado, combinando perfeitamente com a proposta de ser um CoD Zombies em 2D.
Diversão com dificuldade elevada
Raining Blood Hellfire 1.0 é divertido, mas também implacável. A dificuldade pode afastar jogadores que buscam uma introdução mais suave ao gênero. No entanto, para quem já está acostumado com desafios roguelite, a experiência é sólida e recompensadora. Especialmente se você é fã do modo Zombies de Call of Duty.


Orgulho nacional na direção de arte
A direção de arte é um show à parte e merece todos os elogios. Produzida por um time brasileiro, ela entrega charme e identidade ao jogo. Os cenários, os efeitos sonoros e o conjunto visual constroem uma atmosfera imersiva. Mesmo com referências claras a outro jogo, o estilo artístico ajuda Raining Blood Hellfire 1.0 a brilhar por mérito próprio.
Outro ponto positivo está na otimização. Mesmo máquinas mais modestas conseguem rodar o jogo com fluidez. Os requisitos são acessíveis: Windows 7 ou superior, processador dual-core de 2 GHz, 4 GB de RAM, placa compatível com DirectX 10+ e apenas 300 MB de espaço livre.


Raining Blood Hellfire 1.0 Vale a pena?
Se você gosta de desafios e curte a pegada arcade dos modos em rounds, Raining Blood Hellfire 1.0 pode te surpreender positivamente. A curva de dificuldade é intensa, mas justa. E quando somamos isso à direção de arte bem cuidada e ao fator replay típico dos roguelites, temos um projeto nacional que merece atenção e respeito.
Particularmente, senti falta de um modo online. Esse é o tipo de jogo em que jogar com a galera somaria muito à experiência. Além disso, seria legal ter mais opções de personalização. Fica a dica para uma versão 2.0!
Nota do The Clutch: 8
Por fim, para a elaboração deste review, o The Clutch recebeu da SL Games uma chave de Raining Blood Hellfire 1.0.




