Review: Destiny 2: Os Confins do Destino

Os Confins do Destino entrega uma das melhores campanhas da história de Destiny 2.
Os Confis dos Destino
Imagem: Reprodução/Bungie

A nova expansão de Destiny 2 chegou com peso. Os Confins do Destino não veio como só mais uma DLC, mas como o primeiro passo rumo a uma nova fase no universo criado pela Bungie. E apesar de alguns tropeços no caminho, a expansão entrega um saldo positivo e empolgante.

Uma campanha épica

O grande destaque dessa expansão certamente é sua narrativa. A campanha é uma das mais emocionantes e bem escritas de toda a franquia. Ela conversa com quem está por aqui desde o começo, mas também acolhe quem está chegando agora. Dá para colocar ao lado de A Bruxa-Rainha e A Forma Final sem medo.

Tem personagem novo, raça inédita e uma construção de mundo que não soa forçada. Tudo é feito com cuidado para manter a coesão e causar impacto. Pela primeira vez, a campanha permite escolhas que mudam a ordem das missões principais e ainda inclui caminhos extras que aprofundam certos personagens.

O time de narrativa liderado por Alison Lührs mandou muito bem. O roteiro é maduro, cheio de conexões com histórias antigas e não tem medo de emocionar. Ainda assim, sobra espaço para momentos de surpresa e até reflexão.

Destiny 2
Imagem: Captura de tela/Rebeca Pinho

O novo mapa leva os jogadores até Kepler, um planetoide que não foge tanto da estética tradicional do jogo, mas tem o seu charme. Ele não impressiona tanto visualmente, mas compensa no tamanho e na densidade. Depois de terminar a campanha, explorar Kepler ainda rende bastante.

As missões seguem o estilo clássico de Destiny. Eliminar inimigos, enfrentar mini-chefes, pegar recurso aqui, ativar algo ali e seguir em frente. Algumas batalhas são criativas e empolgam, mas outras acabam caindo no lugar-comum. A fórmula ainda funciona, mas já mostra sinais de cansaço. O DNA da franquia continua presente, o que pode decepcionar quem esperava mudanças mais profundas, como o lançamento de uma nova subclasse, por exemplo.

Novidades no gameplay com boas ideias que ainda não deslancham

A Bungie tentou sair da mesmice com algumas mecânicas novas. A bolinha de arco, mostrada nos trailers, permite saltos por áreas do mapa, interações com o cenário e até usos criativos no combate. Já a matéria escura adiciona uma nova camada ao gameplay com a possibilidade de mover estruturas e suspender inimigos no ar.

A proposta é boa e mostra que o estúdio quer testar coisas novas, mas as mecânicas se tornam repetitivas rapidamente e só revelam seu real potencial perto do fim da campanha.

Destiny 2
Imagem: Captura de tela/Rebeca Pinho

Mesmo assim, é animador ver a Bungie tentando inovar. A tentativa de sair da zona de conforto já é um avanço importante.

A expansão também traz mudanças no sistema de equipamentos e apresenta um novo hub chamado O Portal. São ajustes pensados para melhorar a qualidade de vida, mas que acabam confundindo até jogadores veteranos.

Muita gente ainda está tentando entender como tudo funciona. Falta clareza na explicação dessas novidades, e o onboarding deixa a desejar. O conteúdo é bom, mas a Bungie precisa facilitar o acesso para todo mundo.

Além disso, desde o lançamento, jogadores de console têm relatado bugs, travamentos e quedas de desempenho. A Bungie já reconheceu os problemas e prometeu atualizações em breve.

Destiny 2
Imagem: Captura de tela/Rebeca Pinho

Vale a pena jogar Destiny 2 Os Confins do Destino

Os Confins do Destino entrega uma das melhores campanhas da história de Destiny 2. A expansão emociona, propõe mudanças e abre espaço para o novo. O gameplay ainda tem muito a evoluir, mas o conjunto da obra convence e deixa um gosto de quero mais.

É uma DLC que respeita o passado e olha para o futuro com ambição. Com tempo e ajustes, pode marcar o início de uma fase brilhante para a franquia.

Nota do The Clutch: 9

A expansão entrega uma das melhores campanhas da franquia e acerta na ambição de renovar Destiny 2. Ainda há muito espaço para melhorias, mas o caminho escolhido anima para o que vem pela frente.

✅ Pontos Positivos ❌ Pontos Negativos
Narrativa forte e emocionante Novas mecânicas pouco aproveitadas e repetitivas
Personagens novos bem construídos Bugs e problemas técnicos no lançamento, especialmente nos consoles
Liberdade na campanha com ordem não linear
Melhorias significativas na qualidade de vida do jogo

Para a elaboração desta análise, o The Clutch recebeu da PlayStation uma chave da nova expansão de Destiny 2.

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