Call do Khnok: Quem sai perdendo na treta de Gabi Cattuzzo?
Este artigo representa somente a opinião de seu autor, não necessariamente refletindo a visão do site em relação ao assunto.
Respondendo ao título: a comunidade de jogos, ou em outras palavras, todos nós.
O assunto que mexeu com o mundo dos jogos e de influenciadores da internet (YouTubers, Twitch Streamers e Pro-players) foi a confusão instaurada por uma Twitch Streamer e Influenciadora Digitar conhecida pelo Twitter @gabicattuzzo.
Com números consideravelmente grandes de seguidores e também com alguns nomes grandes da indústria dos jogos por trás, Gabi sempre foi bem ativa em seu Twitch, Instagram e Twitter. Porém, alguns dias atrás, em uma publicação um tanto “infeliz”, referente a uma piada interna com o chat de suas streams, ela recebeu uma resposta que nada lhe agradou.
O começo da confusão
Em resumo, em uma foto na qual ela estava montada em um touro mecânico com a legenda “eu tô montada no chat”, ela recebeu uma resposta anônima de “Pode montar em mim a vontade :)”. Sua reação foi de atacar não apenas o homem que havia comentado, mas também homens no geral, associando aquela resposta a algo que “todo homem faz”.
A reação da internet foi como de se esperar. Cobraram que ela não colocasse todos os homens juntos deste comportamento, mas ela continuou atacando mais uma vez. Porém, houve um momento (não está muito claro quando) que a streamer decidiu voltar atrás, repensou suas atitudes e se desculpou, mas afirmou estar se defendendo.
Poderia eu, durante páginas e páginas, avaliar quem está mais ou menos errado neste tipo de confronto. Gabi utilizou de um discurso de ódio contra homem e nos generalizou? O homem anônimo retrucou com uma piada com teor sexual e grosseira e este é um comportamento típico de homens?
A internet se debruçou sobre estes dois dilemas, eu não acredito que estes sejam as verdadeiras perguntas. Mas sim: “Quem sai perdendo nesta história toda?” E venho com convicção responder que todos nós saímos menores depois desta treta.
O comportamento humano e sua relação com o videogame
Acredito que há uma grande desinformação sobre o que é jogar videogames, consumir o conteúdo de influenciadores digitais e a relação social que todas as partes envolvidas têm com a indústria. Hoje em dia, se estabeleceu uma certa visão de que os “gamers” (palavra que não acredito representar bem a comunidade) perpetua comportamentos que refletem a realidade. Exemplos como misoginia, homofobia, preconceito entre outros. Porém, tais comportamentos são reflexos e não características deste grupo de pessoas. Isto significa que se a pessoa é e perpetua tais comportamentos online, RARAMENTE não perpetua isto na vida real.
Com isto dito, eu não acredito que fazemos jus ao englobar e caracterizar um grupo tão vasto de seres humanos com comportamentos tão deploráveis. Como podemos negar tantos milhões que são arrecadados diariamente em stream e vídeos para ajudar ONGs e projetos que ajudam os mais necessitados? Se esses fossem comportamentos característicos desta comunidade, esta nunca construiria nada, mas ela e sua indústria construíram histórias lindíssimas.
Logo, o que a comunidade perde com a história de Gabi, do homem anônimo e da Razer, que hoje anunciou que não mais patrocinará a influenciadora? União.
O que construiu tantas histórias lindas e histórias de superação é o poder de união que esta comunidade possui, e o que ocorreu, tanto culpa de Gabi Cattuzzo, quanto do homem anônimo, não causou nada mais nada menos que desunião total. E esta briga interna não ajuda a ninguém.
Eu possuo o que acredito ser uma opinião destoante da maioria, a ideia de que as mulheres e qualquer grupo de risco precisa procurar ajuda em todos as esferas possíveis. O que a Gabi fez, querendo ou não, foi queimar pontes com muitos homens que reconhecem o seu comportamento como extremo e desnecessário. Por isto, acredito que é um desserviço com a comunidade. Ela foi desrespeitada? Claro, mas isto não justifica atacar um grupo de pessoas que não estava envolvida na situação.
Porém…
Não posso negar que a indignação de Gabi Cattuzzo também é a MINHA indignação. Por fazer parte de diversas comunidades de jogos, eu não consigo contar nos dedos as vezes que vivenciei o machismo que acontece com TODAS as meninas e mulheres que jogam jogos online. Eu mesmo presenciei um amigo próximo que, diante de uma situação adversa, decidiu culpar TUDO em uma de nossas amigas, sendo que este também havia feito os mesmos erros dela. E o que mais me assustou foi a reação de meus demais colegas, que se mantiveram calados diante de tamanho preconceito.
Concluindo, acredito que nós todos como comunidade estamos perdendo nesta história. Gabi Cattuzzo perdeu o patrocínio da Razer, resultado de sua própria indignação descontrolada que lhe cegou em sua reação. Mas não podemos ignorar que esta resposta e indignação veio de um homem, que se sentindo no direito de “brincar” com a streamer, lhe fez uma brincadeira de teor sexual.
O reflexo deste embate está aí. Várias jogadoras e influenciadoras estão tentando defende-la e acabam ocorrendo nos mesmo erros de Gabi, e muitos machistas e preconceituosos justificando seus próprios anseios internos de “derrubar” e diminuir uma menina online. Essa é a guerra interna que considero que nenhum lado ganha.
Espero que possamos aprender um dia que este tipo de drama que tantos amam, somente nos destrói como comunidade e fere a nossa reputação.
Não me ative desta treta envolvendo a menina, mas quem sai perdendo é quem está afim de conhecer apenas o mundo dos games e entretenimento, e acaba caindo numa epopéia de pirralhos que não tem e nunca hão de ter capacidade para respeitar outras pessoas, quiçá do sexo oposto, e ainda acham que dizer que a menina te de estar preparada para isso. Façam-me o favor de continuar em seus quarto chorando pela mãezinha que não trás o lanche e fiquem quietos.
Ela foi totalmente despropocional, ela disse que estava montada no chat, ela ja inicou a brincadeira dando duplo sentido e o nao aguenta a brincadeira de volta, se vitimizou a ponto de chingar a maioria dos seguidores dela, eu nem a conhecia e agora nem tenho vontade nem de chegar perto do conteudo que ela produz ou vai produzir.
Ela está certíssima. A comunidade gamer é tóxica, cheia de babaca que acha que pode falar e emitir o que bem entende. Sempre se escondendo no escudo da ‘brincadeira’. Rapaz, esse bando de menor palhaço e machista ainda tem muito o que aprender sobre isso. E não vai ser aqui no ambiente virtual não, vai ser na rua.
A conivência com o que a mulher faz e fala acaba sendo diferente com o que o homem faz e fala, esse ultimo leva sempre mais punição. Como já dito, ela é influencer, uma influenciadora propagando palavras como aquelas? Isso seria bom? Outro ponto, qual o intuito de postar uma foto montando num boi e dizer que está montada nos chat? O que há no chat? R. Maioria homens. O que um boi represente hoje na relação homem mulher e na maioria das piadas da internet? Um homem chifrudo/corno. Acho que se alguém pesa a brincadeira, deve estar preparado para ver algo na mesma intensidade. Hoje vemos mulheres que fazer de tudo, mas não querem ser julgadas. Enfiar a bunda na tela ou menosprezar homens pode, um homem falar da bunda ou menosprezar uma mulher, pode?
Um outro ponto de vista que não abordei no artigo que é onde alguns comentários estão direcionados é o quesito da “piada”. A Gabi Cattuzzo estava brincando/zoando o chat dela, e ela não soube brincar quando na mesma moeda lhe mandaram o troco da piada inicial dela. Eu até acrescento que ela, infelizmente, ao utilizar o verbo “montar” em “Tô montada no chat” ela deu abertura para a piada sexual de “montar” que foi usada pela conta possivelmente fake. Em outras palavras, ela não soube brincar ou aceitar a zoação que voltaram para ela tendo em vista que ela também estava zoando. Como dizem onde eu vivo: “Se não sabe brincar, não desça pro playground”.
Obrigado pelo comentário.
Antes de fazer uma matéria expressando a sua opinião própria, faça em um blog pessoal e não em um site que é lido por diversas pessoas e com opiniões diferentes que a sua.
Ela é uma Figura publica, deveria ignorar e seguir em frente.
Lembre-se um erro não justifica o outro.
Paz.
Mas é para exatamente isto que faço artigos de opinião no The Clutch. Minha opinião é a minha própria e está expressa no começo do artigo, mas você aparentemente não compreendeu o foco do meu comentário a cerca do assunto. Ela errou, como mencionei no artigo, mas há uma perda muito maior do que simplesmente a Razer não mais patrociná-la, a comunidade por um todo se divide (seja pela metade ou não) graças a este assunto. Graças a uma má Influencer que falou o que não devia e propagou ódio na internet e devido a comportamentos masculinos que possuem grande força com perfis falsos e em especial a internet.
Obrigado pelo comentário, e reitero, a comunidade de jogos por um todo sofre com esta divisão.
Dizer que a “comunidade perde” é um exagero e tanto, esse caso teve essa expressão toda não porque a menina era gamer, ou famosinha (coisa que não é) e sim pelo fato de ter uma gigante como a Razer envolvida, se ela fosse embaixadora (coisa que também não era) de uma marca menor, ninguém (como eu) sequer teria ouvido falar sobre ela.
Agora sobre o que ela escreveu no twitter, “homem é lixo”, o mercado que a Razer atende é em sua grande maioria de homens e nesse mundo contemporâneo onde é tudo sobre o politicamente correto, todo mundo cagando regras, hipocrisia virtual predominando e a coisa mais chata do mundo sendo empurrada goela abaixo o tempo todo, o feminismo. Imagina a inversão de cenário, um influenciador digital, pseudo-famoso, pseudo-embaixador, solta a pérola: “mulher é lixo” A noticia ia sair até no Fantástico, em capa de revista.
Então a menina perder o patrocínio e receber hate nas redes sociais saiu tranquilo, ela deveria aproveitar o momento, esse será o highlight da vida dela, os “15 minutos de fama”, pois esse garanto que esse alarde todo vai desaparecer em menos de 1 semana, e quem sabe em em 1 mês ninguém nem sequer vai lembrar que isso aconteceu, todo mundo vai continuar vivendo suas vidas e a menina vai voltar pro anonimato.
A comunidade perde no momento que há uma grande ruptura e divisão graças a assunto tão polêmico. Eu não compactuo com o que ela diz e concordo parcialmente com o resto que você compartilhou. Mas acredito que há motivo para o indignação de Gabi, no caso ela se expressou de forma completamente absurda e preconceituosa, mas o ódio dela não existe do nada. A condição da mulher online (em especial jogos multiplayer) é precária e muitas vezes elas tem que aturar muito assédio e ofensivas de pessoas online e na vida. Infelizmente, devido a esta situação, muitas mulheres compactuam com o ódio de Gabi e repercutem o discurso preconceituoso e misândrico dela.
Sim, sim, chamar o público dela de gado pode, cometer crime de ódio xingando todos os homens pode, mas receber uma brincadeira de um fake num chat online é o fim do mundo, não é isso o que quer dizer? Se ela é garota que se diz gamer já deve estar preparada para enfrentar os ônus e bônus de entrar nesse universo, ela que não seja besta. Se ela incitar ódio ela tem que responder por isso sim, e quem for conivente tentando justificar ou fazendo o mesmo (ou ainda pior) também! ~– Assim como quem cometer alguma coisa contra ela. Que cada um responda pelas suas ações, ela não é nenhuma coitadinha.
Como apontei em meu artigo, mas não era o foco deste, eu concordo que ela deve pagar pelas palavras que ela proferiu tendo em vista a sua posição de influenciadora e patrocinada pela Razer. Minha questão é mais que a “guerra dos sexos” que vejo acontecendo graças a este assunto é onde acredito que a comunidade esta perdendo. Gabi Cattuzzo repercutiu um discurso de ódio contra homens, nos generalizando e menosprezando, mas agora estamos em um momento em que temos uma porção de pessoas compactuando com o discurso dela e atacando a Razer enquanto o outro grupo (bem intencionado ou não) muitas vezes também repercute o discurso que ela tanto ataca, o machismo. Eu não acho que por ela ser garota ela deve “estar preparada para enfrentar os ônus e bônus de entrar nesse universo”, ou ao menos acredito que ela não deve aceitar de cabeça baixa quando alguém lhe desrespeita, porém ela atacou um grupo e não o homem que lhe desrespeitou, foi aí o seu erro crucial.
Respondendo a seu titulo! quem sai perdendo? é so a garota ai, boca porca sem escrupulos, sem principios, ela é má infuencia, é algo de ruim! deveria ser banida da plataforma! Razer agiu certo, e mais ela deveria ser processada, a Razer receber toda grana q investiu inutilmente nela, por ela ter espalhado q era embaixadora da marca no Brasil, oq nao é verdade! e quem defende esse tipo de comportamento, faz parte do msm mundinho patetico, sem moral alguma!
Acho que tem motivo para defendê-la mas não por suas palavras mas pela posição que muitas meninas/mulheres sofrem em comunidade de jogos. Considero absurdo o tipo de discurso e em particular as palavras que ela usou, mas não há como negar a indignação que ela e muitas outra meninas possuem online. Meu artigo não diminui a sua culpa e acredito que ela é a principal divisora/culpada, tampouco ignoro a condição imoral que vivem as mulheres que são muitas vezes assediadas online, sejam por homens em suas contas oficiais ou em contas fakes.