A temporada 2020 de CS:GO começou a todo vapor, com diversos qualificatórios para grandes campeonatos e novas equipes buscando alcançar o topo. Dentro desse contexto, o que podemos esperar dos principais times brasileiros para esse ano? Logo mais haverá o Major em nossa casa, e a torcida espera grandes resultados.
MIBR
O quinteto comando por FalleN começou o ano ficando de fora da IEM Katowice (algo que não acontecia desde 2015). A equipe não recebeu convite para o torneio e na disputa do qualificatório, perdeu na final diante da Cloud9 em confronto MD5.
Apesar da derrota, a equipe demonstrou que pode voltar a brilhar nessa temporada, mas que alguns ajustes pontuais precisarão ser feitos. Vale lembrar que a organização adicionou Meyern a seu núcleo recentemente, então é questão de tempo até que o time se organize melhor dentro do servidor.
Ainda assim, o maior desafio da MIBR para 2020 será conseguir atingir o equilíbrio emocional, algo que claramente faltou em 2019, prejudicando o desempenho dos jogadores dentro do servidor. Até o ESL Major do Rio de Janeiro, a equipe tem a missão de se reencontrar dentro do servidor, para poder recuperar o status de Legends, perdido no StarLadder Major Berlin 2019.
Pontos fortes: o setup com duas AWPs teve bom resultado em 2019 e se mostrou efetivo quando acionado. Os ‘forçados’ também apareceram e podem ser um diferencial.
Pontos fracos: map pool problemático, com Nuke sendo veto fixo e Inferno tendo desempenho abaixo da média. Além disso, a perda de pontos para rounds ecos do adversário e o baixo número de vitórias contra os líderes do ranking da HLTV foram marcas negativas da equipe em 2019.
FURIA
O ano de 2019 foi marcado pela ascensão da FURIA no cenário internacional, mas isso não foi suficiente para lhe garantir um convite para a IEM Katowice. Precisando jogar o qualificatório, a equipe acabou sendo eliminada logo nas primeira partidas e ficou de fora da competição.
Assim como a MIBR, os comandados de Guerri sofreram com muitas alternâncias de desempenho nos campeonatos que disputavam. O jogo agressivo de arT virou um ponto de destaque da equipe e foi reconhecido por rivais que o enfrentaram. Porém, tantos avanços acabaram tornando o seu estilo de jogo previsível, anulando qualquer tipo de surpresa conforme o ano foi se encerrando.
Com kscerato e HEN1 fazendo a diferença, 2020 precisa ser o ano de afirmação da FURIA entre as grandes equipes de CS:GO. Além disso, espera-se um grande desempenho da equipe no ESL Major Rio, onde a FURIA tentará alcançar o inédito status de Legends.
Pontos fortes: o jogo agressivo muitas vezes encurrala os adversários e garante a first kill. Além disso, a equipe é aguerrida, não se importando em jogar no melhor mapa da equipe rival.
Pontos fracos: assim como é ponto positivo, o jogo agressivo algumas vezes deixa a equipe em apuros, dando rápida vantagem aos adversários e permitindo o controle dos rivais. Em alguns momentos, a FURIA demora a entrar nas partidas, ficando em uma desvantagem muitas vezes irreversível.
INTZ
A temporada passada foi marcante para a organização, que conseguiu fazer história e alcançar pela primeira vez a fase de entrada de um Major, garantindo assim seu sticker no CS:GO.
O time passou por algumas mudanças em 2019 e busca alcançar voos maiores neste ano. O que ainda está em aberto é qual organização a lineup irá defender, já que os players não devem renovar com a INTZ e estão em busca de uma casa nova.
O quinteto comandado por yeL busca marcar presença em mais presenciais nesse ano e adquirir experiência e fôlego para atingir o principal objetivo do primeiro semestre, que é estar presente no Major no Rio de Janeiro.
Pontos fortes: map pool variado, motivação (nunca desistem de um mapa) e vantagem no early gam – a INTZ tem um saldo de opening kills muito positivo (53,8% na média dos jogadores).
Pontos fracos: inconsistência individual e do grupo – vencem e perdem dos mesmos times na mesma semana –, mal uso de flashes (o time fica em média mais de meio segundo cego em relação ao adversário) e pouco trabalho em grupo (KAST médio).
Sharks Esports
A equipe que se mudou no meio do ano passado para o cenário norte-americano e teve bons resultados. Agora, ela busca manter a evolução que apresentou em suas últimas apresentações. Recentemente, a Sharks teve a baixa de meyern, que se transferiu para a MIBR, e trouxe heat, da FURIA Inagame, por empréstimo até o fim de fevereiro.
Jnt mostrou boa postura atuando como IGL e quase sempre era o jogador a buscar a first kill. A expectativa é que o time consiga manter o bom momento e marque presença em eventos de maior peso nessa temporada, buscando quem sabe a tão sonhada classificação para o Major, que escapou por detalhes na temporada passada.
Pontos fortes: estão fazendo boas campanhas nas grandes ligas (ESL Pro League e ECS); crescimento muito grande na segunda metade do ano (64% de vitórias em mapas); alta porcentagem de rounds vencidos após tomar a first kill (35%).
Pontos fracos: a mudança recente (entrada do heat) pode impactar fortemente o bom momento da Sharks. Fora isso, a falta de experiência do time atrapalha quando pega desafios maiores, como foi o caso nas finais da ECS e EPL.
Team One
Há dois anos no cenário norte-Americano, os Golden Boys falharam em seu maior objetivo nas últimas temporadas: subir da MDL para a Pro League. Mesmo com trocas na escalação entre os anos, não houve sucesso na jornada.
Para a nova temporada, a T1 terá um reforço de peso: Felps. O ex-MIBR será a maior esperança da equipe neste ano, trazendo mais estabilidade e experiência. Quem também se junta ao elenco dourado é Pesadelo, jogador que estava atuando no Brasil pela Red Canids.
Esta é a equipe mais forte da Team oNe nos últimos anos. Assim, ela pode finalmente alcançar seu grande objetivo, que é subir para a primeira divisão norte-americana. E, quem sabe, até figurar entre os times que estarão no ESL Major Rio.
Pontos fortes: a equipe fechou 2019 com 62% de vitórias em pistol rounds; Potencial: os 3 remanescentes do ano passado (Maluk3, trk e b4rtin) fecharam o ano com +200 em kills/deaths cada um; Time experiente, que atuará nos EUA pelo 3º ano seguido.
Pontos fracos: O map pool da T1 é fraco, tendo em 2019 um aproveitamento próximo de 50% em Mirage e Nuke, de apenas 42% em Dust II e banindo Vertigo. Além disso, o grupo não disputa uma LAN há muito tempo, o que pode pesar caso comecem a ganhar destaque.
Gostaram da análise? Qual equipe mais empolga e deve ser a número 1 do Brasil lá fora?