Clássicos do Atari que mereciam ser ressuscitados

Foto: Reprodução/Pixabay

Considerado como o primeiro videogame amplamente vendido do planeta, o Atari 2600 fez história nos anos 80. Se vale o ditado que “em terra de cego, quem tem um olho é rei”, pode-se dizer que os oito bits do Atari faziam dele imperador em um mundo analógico.

Comparado ao que existe hoje, alguns podem afirmar que ele já parece rudimentar. Mas imagine uma sociedade sem absolutamente nenhum videogame? Na época, sua chegada foi uma grande revolução.

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A baixa capacidade do console exigia dos desenvolvedores um enorme poder de síntese, por assim dizer. Era preciso representar personagens, objetos e elementos de jogo de uma forma econômica, do ponto de vista da tecnologia da informação. Por outro lado, os gráficos de baixa complexidade também exigiam uma boa dose de imaginação por parte dos jogadores.

Algumas vezes, o próprio conceito do jogo era a solução para a limitação gráfica. Como no título Haunted House (Casa Assombrada), no qual o jogador move um par de olhos através de várias “salas” escuras em retângulos conectados, como em uma planta baixa. Fantasmas percorrem os espaços e o usuário tem que evitá-los até encontrar as chaves que permitem escapar da local. Gráficos simplíssimos, mas que contavam com um desafio muito interessante.

Haunted House

Haunted House é um jogo do portifólio Atari que mereceria uma repaginação com a tecnologia atual. Mas há outros clássicos que, por sua temática e jogabilidade, também poderiam se beneficiar de todo o poder dos consoles atuais e se tornar sucessos de venda novamente.

Foto: Reprodução/Arcade and Claw Machine Fun

Adventure

Outro game que consegue entregar muito com a baixa capacidade gráfica do Atari. A temática era medieval. O objetivo era entrar em castelos coloridos, achar baús com chaves para ir a outros castelos e, no caminho, evitar os dragões. E também fugir na base da corrida, caso não encontrasse a espada. Mas, quando falhava, o jogo entregava uma “animação”: seu cavaleiro era engolido pelo dragão. Ou, simplesmente, um pontinho aparecia dentro da barriga transparente do animal. Seria bom ver esse final trágico com a resolução HD de hoje em dia.

Foto: Reprodução/Retro Games SC

Pitfall

Mais um clássico Atari, no qual um explorador – e esse realmente parece uma pessoa, com pernas e braços – caminha de tela em tela e, em cada uma, encontra um perigo: buraco com cipó, lago com jacarés e buraco abre-e-fecha, com ou sem cobras nas pontas. Ao se pendurar no cipó, tocava musiquinha do Tarzan. Quando morria, tocava marcha fúnebre. Para passar dos jacarés, era preciso pular na cabeça deles no momento em que fechavam a boca, e isso não era fácil, exigia um timing perfeito. Havia a opção de ir pelo subterrâneo, mas lá tinha um escorpião. Por isso tudo, era fácil morrer. Tão fácil que nunca se soube de alguém que tenha chegado ao final de Pitfall. Nem se sabe se de fato há um desfecho. Mas talvez seja melhor manter essa dúvida do que chegar a um clássico final frustrante.

Foto: Reprodução/World of Longplays

River Raid

Neste título, o jogador pilota um avião que, supostamente, faz um voo rasante sobre um rio e precisa ir abrindo caminho, destruindo barcos, pontes, helicópteros e reabastecendo de vez em quando. Tudo isso sem bater nas margens. Os gráficos chapados em 2D exigem que você imagine a altura do voo, porque não se tem nenhuma noção de profundidade. Na época, ninguém questionava isso. Hoje, se poderia usar o 3D – ou até VR – para uma experiência mais imersiva e convincente.

Foto: Reprodução/Amazon

E, se há jogos para lembrar e querer ressuscitar, há também títulos para esquecer. É o caso do cartucho ET – o Extraterrestre. Considerado por muitos o pior jogo de Atari de todos os tempos, era um game sem pé nem cabeça, cheio de bugs, que deixava os jogadores sem saber o que estava acontecendo e o que fazer em seguida. Um fracasso de público e de crítica.

Uma versão moderna seria uma bela homenagem a esses títulos pioneiros. Mas, mesmo que nenhum estúdio novo, ou antigo, se anime, o legado deles já está aí, já que Until Dawn, Kingdom Come, Uncharted e Ace Combat são jogos que certamente beberam das fontes pixeladas do Atari 2600.

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