A Federação de Esportes Eletrônicos do Estado do Rio de Janeiro (FEERJE) está buscando desmistificar o papel das federações no cenário de esports, que ficou mais desgastado do que nunca por conta do vexame protagonizado pela CBGE no GET Rio.
Para isso, Cadu Albuquerque, presidente da federação, quer mostrar que o trabalho da FERJEE pode impulsionar o desenvolvimento do setor e ajudar os esports a crescerem ainda mais.
Com projetos de inclusão social, formação profissional e grandes eventos em setores muitas vezes esquecidos pelas organizadoras, a FERJEE quer não só promover inclusão e fomentar o cenário eletrônico, como também consolidar o Rio de Janeiro como um polo de esports no Brasil.
“Nosso trabalho aqui é um trabalho de base, de fomento mesmo. Nós temos alguns projetos socioeducacionais que fazemos para dar oportunidade em vários municípios do Rio de Janeiro de ter contato com esse esporte, que é uma grande mídia de relevância no nosso país e no mundo”, afirmou Cadu.
“Realizamos o circuito estadual, que teve a maior premiação do Brasil no cenário competitivo masculino de FPS, com 240 mil reais em prêmios. Agora em novembro, vamos realizar o “Rainhas do Clutch“, que será a maior premiação feminina de todos os tempos no CS2, com 100 mil reais em prêmios, em um lugar emblemático do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã”, complementou.
Sobre a má impressão que as federações de esports têm no Brasil, Cadu afirma que está em busca de “reconstruir a imagem da FERJEE”, começando pela quitação de uma dívida que a entidade tinha com o governo.
“Estamos aqui há um ano e meio reconstruindo a imagem da FERJEE. Eu assumi uma dívida com o Ministério do Esporte de um programa antigo da federação, que acabamos de quitar neste mês. Tem sido um trabalho árduo de reconstrução, mas já conseguimos remover muitos obstáculos e mostrar que estamos aqui para ajudar e fomentar o ecossistema esportivo. Ainda há pessoas com preconceitos contra a Federação, mas peço que olhem nosso trabalho, nossos projetos educacionais e socioeducacionais”, disse.
Por fim, Cadu ressaltou a importância de trabalhar com projetos de base e profissionalizantes, muitas vezes esquecidos pelo público.
“Precisamos mostrar a importância de fomentar a base. A maioria dos grandes atletas olímpicos sai de projetos sociais. No Brasil, talento não falta, então precisamos dar oportunidades a esses jovens. Dentro da federação, criamos um sonho para eles. Nosso projeto em Japeri tem quatro meses e já fizemos um interclasse; havia um garoto apaixonado pela função de observer, algo muito específico nos esportes eletrônicos. Daqui a alguns meses, quero ele trabalhando conosco. Nosso objetivo é gerar empregos e oferecer uma perspectiva de vida para esses jovens”, contou.