Conversamos um pouco com Jaime de Pádua, fundador e CEO da FURIA, sobre o sucesso da organização no Counter-Strike, a relação com os jogadores e os planos de expansão, que incluem uma possível entrada em VALORANT em um futuro próximo.
A equipe de CS:GO da FURIA vem muito bem disputando os campeonatos nos EUA. Um bootcamp na Europa está nos objetivos da organização num futuro próximo? E você acha que pode acontecer com a FURIA o mesmo que aconteceu a MIBR, em termos de resultados contra equipes menores da região?
Prefiro não comentar sobre o caso da MIBR. Em relação aos bootcamps na Europa, já fizemos alguns no passado e não descartamos a possibilidade de fazer novamente no futuro. Mas, por enquanto, estamos muito felizes com a evolução do time em solo norte-americano.
Não é segredo nenhum que a MIBR em mais de uma ocasião mostrou a intenção de contratar jogadores da FURIA. Houve negociações abertas e avançadas nesse sentido? Por que os jogadores decidiram permanecer no clube? Em alguma ocasião, teve de ser feito algo especial para convencer um atleta a ficar?
De fato, houve interesse de algumas organizações no passado, o que é extremamente normal para uma equipe que se destaca em alto nível. Porém, obviamente, sempre houve a preferência mútua dos jogadores e da FURIA de continuarmos a nossa relação positiva de longo prazo.
Na minha visão, os jogadores se apresentam bem felizes com tudo que é oferecido pela organização dentro e fora do jogo, e por isso não sentem a necessidade de mudança.
Os contratos até 2025 geraram uma grande polêmica na comunidade. Muitas pessoas contrariaram a ideia de “prender” os jogadores. AbleJ depois de sair do elenco principal jogou na equipe Inagame e seguiu por empréstimo para W7M e está sem jogar agora. A opção é dele ou não chegaram propostas que agradassem ambas as partes?
A FURIA nunca foi e nem será uma organização que prenderá um jogador. No caso do AbleJ não foi diferente. Apesar de ter recebido diversas propostas, em nenhum momento ele se sentiu motivado a deixar a organização. Para nós, é sempre um prazer enorme ter pessoas como ele em nossa operação.
A organização da FURIA tem intenção de entrar no cenário de VALORANT? Se sim, quais são as expectativas para o cenário e planejam adotar um plano semelhante ao da equipe de CS:GO?
Acredito que entraremos no VALORANT em breve, porém estamos aguardando o melhor momento para fazer a nossa entrada. Na minha visão, as equipes que serão dominantes no jogo ainda mudarão muito nos próximos meses e por isso não vejo na necessidade de acelerar o processo. Pode ter certeza que entraremos com tudo quando for a hora certa.
Ainda sobre VALORANT, na equipe de streamers vocês tem o BREEZE, jogador que tem revelado uma enorme habilidade. Existe a intenção de o integrar no futuro projeto de equipe competitiva?
Realmente, o BREEZE é um grande jogador e pode sim ser aproveitado no futuro. Não descarto nenhuma possibilidade. Quanto mais opções de qualidade tivermos, mais fácil será a nossa tomada de decisão.
Hoje, a FURIA está presente com elencos em vários jogos. Você acha que o sucesso nestas modalidades define a grandeza da organização?
São vários os fatores que definem se uma organização é bem-sucedida ou não, como por exemplo os resultados alcançados em jogos tier 1, o poder da própria marca, o engajamento dos fãs, a grandeza das marcas patrocinadoras, a qualidade dos conteúdos criados, entre outros. Na minha visão, a FURIA está muito bem posicionada na maioria desses aspectos, porém sempre há espaço para continuar evoluindo. Esse é o nosso DNA.