A cada ano maior, o universo gamer está virando alvo da classe política. A fim de conseguir votos daqueles que fazem parte deste mundo, o ex-presidente Lula elaborou uma cartilha com propostas de políticas públicas para o setor, produzida por uma comissão formada por diversos profissionais.
A criação da cartilha partiu do Instituto Lula, que convidou em maio especialistas para discutir a questão. Regulamentação da profissão, criação de cursos para o ensino técnico e superior no desenvolvimento de jogos, revisão da legislação da banda larga estão entre os tópicos presentes na Lula Play, nome dado ao documento.
No Twitter, Lula disse que “videogame não é apenas entretenimento, é também cultura, emprego e desenvolvimento tecnológico”. O candidato afirmou também que a cartilha “sugere o fortalecimento do mercado nacional de jogos digitais e criação de cursos técnicos e de Ensino Superior para, cada vez mais, desenvolver esse setor”.
A cartilha “Lula Play”, sugere o fortalecimento do mercado nacional de jogos digitais e criação de cursos técnicos e de Ensino Superior para, cada vez mais, desenvolver esse setor. A América Latina é onde mais cresce o número de jogadores, e o Brasil é líder no continente.
— Lula 13 (@LulaOficial) August 18, 2022
A cartilha está disponível no site do pré-candidato à presidência. São 29 páginas que falam sobre o panorama da cena brasileira de jogos digitais e divide a criação de políticas públicas para o setor em cinco eixos, que são: formação e emprego, inclusão e diversidade, educação, soberania digital e indústria.
Quanto à presença do estado no universo gamer e dos esportes eletrônicos, a Lula Play “defende a perpetuação da autonomia do esporte eletrônico, ressalvada a intervenção do Estado para garantia dos Direitos Fundamentais”.
Em relação a formação e emprego, a cartilha fala de “reformular a formação profissional para a geração de empregos no setor: inclusão de games, tecnologia e inovação na matriz dos ensinos Fundamental e Médio, incentivos para a formação de atletas de esports e carreiras correlatas, e revisão dos currículos dos cursos técnicos e de ensino superior em games”.
Quanto à inclusão e diversidade, sugere “revisar a legislação referente à prática de crimes em ambientes virtuais e/ou reais relacionados aos jogos, especialmente aqueles com comunidades de jogadores online, exigindo o banimento automático e a identificação imediata por parte das empresas proprietárias, entidades ou que representam os jogos para posterior encaminhamento judicial, evitando práticas de cyberbullying, misoginia, homofobia, xenofobia, aporofobia, racismo, capacitismo, etarismo e afins”.
No âmbito da educação, uma das propostas é “desenvolver, no ensino superior, um sistema de bolsas para atletas de esports e de profissionais de jogos eletrônicos vinculadas com os Ministérios dos Esports e da Educação, assim como de outras pastas governamentais”.
Para a indústria, fala sobre a “desoneração da carga tributária para hardware, protótipos, kits de desenvolvimento, jogos internacionais e produtos afins, possibilitando às empresas desenvolvedoras acesso à inovação, pesquisa e desenvolvimento e tecnologias emergentes”.
Por fim, a cartilha termina dizendo que “tem o propósito de orientar a discussão com a sociedade e estimular geração de emprego e renda, combate à desigualdade social e desenvolvimento do brasil” e que “busca demonstrar a importância estratégica do setor de games para o desenvolvimento da economia criativa, bem como da cultura, tecnologia e outros setores associados”.
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