Review: Killing Floor 3

Killing Floor 3 é, ao mesmo tempo, um jogo divertido e frustrante
killing-floor-3
Imagem: Reprodução/Tripwire Interactive

O aguardado Killing Floor 3 chegou em julho de 2025 para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S, trazendo de volta a fórmula que consagrou a franquia da Tripwire Interactive: sobrevivência em ondas contra hordas de criaturas conhecidas como Zeds. Ambientado em um futuro distópico no ano de 2091, o jogo coloca os jogadores no controle da unidade Nightfall, especializada em enfrentar as ameaças criadas pela corporação Horzine.

A jogabilidade continua sendo o ponto central. As partidas seguem o tradicional esquema de rodadas, em que os inimigos se tornam progressivamente mais desafiadores até o confronto contra chefes. O sistema de combate recebeu melhorias de mobilidade, permitindo deslizes, escaladas e uso de tirolesas, além da volta do sistema M.E.A.T., que intensifica a violência gráfica com desmembramentos detalhados.

Entre as novidades, Killing Floor 3 aposta em especialistas fixos, cada um com armas e habilidades próprias. A mudança fortalece o espírito cooperativo, já que cada função se torna essencial para a equipe. Por outro lado, reduz a flexibilidade de personalização que marcou os títulos anteriores. A central Stronghold, onde jogadores se reúnem e preparam modificações entre partidas, amplia o aspecto social, mas não chega a inovar de forma significativa.

Killing Floor 3
Imagem: Reprodução/Captura de tela

Apesar da perda de identidade, Killing Floor 3 ainda carrega uma dose de nostalgia

Visualmente, o jogo agrada. A ambientação industrial e futurista combina bem com a estética gore característica da série. O tiroteio continua intenso e satisfatório, especialmente em cooperação. Ainda assim, o conteúdo oferecido no lançamento é limitado: são poucos mapas e modos de jogo, o que compromete a longevidade.

Outro ponto de crítica vem do desempenho técnico. Durante a experiência, foi possível perceber quedas de taxa de quadros, falhas de conexão e até fechamentos inesperados do jogo. Em diversas ocasiões, a partida simplesmente travava sem aviso. Além disso, a ausência de recursos básicos como navegador de servidores e chat por texto gera frustração em uma comunidade acostumada a mais liberdade nas interações.

A maior polêmica, no entanto, é a percepção de que a franquia perdeu parte da identidade. O humor ácido e o caos irreverente dos personagens deram lugar a uma abordagem mais padronizada, próxima de outros shooters modernos. Para muitos fãs, Killing Floor 3 parece seguir tendências de mercado em vez de valorizar o estilo excêntrico que a série carregava.

No conjunto, o título oferece uma base sólida para o futuro, com potencial de expansão por meio de atualizações e novos conteúdos. Porém, no lançamento, entrega menos do que se esperava de uma sequência aguardada por tanto tempo.

Nota do The Clutch: 7

Killing Floor 3 é, ao mesmo tempo, um jogo divertido e frustrante: eficiente na ação, mas carente de conteúdo e de personalidade.

PrósContras
Combate intenso e divertido em coopProblemas técnicos e travamentos
Visual gore de respeitoPouco conteúdo no lançamento
Especialistas que incentivam trabalho em equipePerda de identidade da franquia

Total
0
Compartilhamentos
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *