10 coisas que só quem é old school do CS vai lembrar

O Counter-Strike é um jogo antigo. A prova disso é que muitos de seus fãs atuais não eram nem nascidos quando ele veio ao mercado. Sua primeira versão foi lançada em 1999, 18 anos atrás. Já faz um tempinho, né?

Muita gente pode não se lembrar, mas para jogar o nosso querido game, era necessário ter o Half-Life instalado na máquina. Por quê? Porque o CS era um MOD, ou modificação no bom e velho português, de HL, portanto exigia que o mesmo estivesse em pleno funcionamento no computador do usuário.

Obviamente, muita coisa mudou desde então. O jogo ganhou versões melhores e mais aprimoradas (vamos esquecer do Condition Zero, ok?), mudou a sua engine algumas vezes e a jogabilidade foi melhorando gradativamente com o tempo.

No entanto, muitas coisas antigas ainda nos deixam com uma sensação boa de nostalgia. Por isso, resolvemos separar 10 delas que só quem realmente é old school vai lembrar. São mapas, armas e modos de jogo que em algum momento fizeram parte da história do Counter-Strike, mas que agora são apenas boas lembranças de uma época que não voltará mais.

Confira abaixo nossa lista:

1. Tanque na cs_siege

Muito antes de Dust 2, um dos mapas que mais bombava no online era o cs_siege. Os épicos confrontos na rampa da garagem rendiam até status entre os jogadores. O verdadeiro awper era aquele que se consagrava ali, enfrentando seus adversários em meio a carros e caixotes.

Em suas primeiras versões, os criadores tiveram a “brilhante” ideia de colocar um tanque na base CT para facilitar o transporte dos policiais. É claro que isso não poderia dar muito certo.

A verdade é que o tanque transformou o mapa num verdadeiro Carmageddon. Pelo fato de ser dificílimo de dirigir, os atropelamentos entre amigos eram frequentes. E o pior, quem conseguia a proeza de masterizar a direção do veículo, não estava nem um pouco afim de transportar seus companheiros a lugar algum. O objetivo mesmo era levá-lo até a base terrorista e se possível atropelar todo o time adversário!

Ainda bem que os criadores do mapa viram a besteira que tinham feito e a na versão seguinte retiraram o fatídico tanque. Apesar de sua curta existência, o veículo nos rendeu boas risadas…e muitos atropelos!

2. Bunny Hop infinito

Ah, como era bom sair pulando igual um louco pelo mapa todo! O Bunny Hop, também conhecido como strafe jumping, era uma técnica utilizada no Quake que acabou dando o ar de sua graça no Counter-Strike também.

O CS sempre teve como lema ser um mod realista de Half-Life. Entretanto, uma das coisas permitidas pela engine era pular sem perder velocidade. Inclusive, se você combinasse uma sequência de pulos perfeitamente, era possível ganhar velocidade e chegar aos locais de forma muito mais rápida do que simplesmente correndo.

Para realizar o bunny hop, era necessária certa coordenação motora. Além de ter que mudar de direção a cada pulo, era preciso também acertar o tempo exato do próximo salto. Repetindo a fórmula infinitamente, você se transformava num verdadeiro Flash, desbancando até mesmo o Usain Bolt em uma corrida.

O que tinha de gente que tinha bind de pulo no scroll do mouse enchia até o Maracanã.

3. cs_747

cs_747
cs_747 foi um dos primeiros mapas a se popularizar nas versões beta do CS (Foto: Counter-Strike Wiki)

Com certeza um dos mapas mais populares no início do CS, o cs_747 foi tão jogado durante uma época, que existiam até servidores exclusivos somente com ele, semelhante ao que temos com Dust 2 hoje em dia.

A temática terroristas x policiais era muito bem representada em um sequestro de avião. Lembrava algo meio Hollywood, só que interativo e muito mais dinâmico. O objetivo dos CTs era resgatar a galera dentro do avião. Os dos terroristas, impedir que isso acontecesse.

A queda de popularidade veio logo após os acontecimentos do 11 de setembro de 2001. A partir desta data, jogar este mapa se tornou meio que um tabu. Não tinha mais graça.

4. Mapas VIP

VIP CS 1.6
Skin do jogador VIP no mapa as_oilrig (Foto: Reprodução/YouTube)

Também bastante populares nos primórdios do CS, os mapas VIP atraíam o público por sua temática diferente dos demais.

Neste modo de jogo, os CTs tinham que proteger um personagem VIP (Very Important Person). O objetivo era que o jogador em questão alcançasse um ponto de resgate, que podia ser um barco, um helicóptero ou qualquer outro veículo. Ao chegar no seu destino, os policiais ganhavam a partida. Se o VIP fosse morto antes, os terroristas é que ganhavam.

A parte interessante é que o VIP não podia portar nada além de uma USP. Também não era permitido comprar munição, sendo limitado a somente um pente extra. Em compensação, ele vinha equipado com um colete de 200 pontos, o dobro do normal. Ainda assim, a proteção do time era essencial para a sobrevivência do jogador.

Apesar do sucesso inicial, os mapas VIPs começaram a cair no esquecimento por causa dos próprios jogadores. Muitos trolls começaram a entrar nos servidores afim de acabar com a diversão de todos.

O que passou a se ver depois de um tempo eram VIPs rambos, que saiam em disparada somente de faca sem esperar o time, VIPs aways, que ficavam parados na base de propósito esperando a morte e VIPs suicidas, que ao chegar próximo do ponto de resgate, se matavam propositalmente para perder a partida.

Por conta disso, este modo nunca alcançou o CS:GO, sendo sacramentado para a eternidade somente em nossas memórias.

5. Mira na AWP

AWP
A AWP já foi, sem dúvidas, a melhor arma do jogo para qualquer ocasião (Foto: Google)

Não meu amigo, não estamos falando do scope. Lá no tempo do Chacrinha, a AWP tinha uma mira como qualquer outra arma do jogo. Sim, uma mira sem utilizar o escopo.

Com o poder de matar qualquer pessoa com apenas um tiro, a AWP com mira era um verdadeiro canhão ambulante. Alguns jogadores eram tão bons nisso, que praticamente não utilizavam o mouse2, nem em médias distâncias.

A arma chegou até a ser apelidada de railgun do CS. Juntava isso ao bunny hop e podíamos muito bem jogar Quake na Dust! Só faltava os teleports.

É claro que os desenvolvedores viram o quanto apelão ficava a AWP com mira e trataram rapidamente de retirá-la, deixando somente o scope. Alguns jogadores porém, ainda continuaram a “burlar” o sistema, marcando os seus monitores com canetinha ou durex. Pior que dava certo.

6. Clanfrontos na de_dust

de_dust
de_dust é o grande clássico do CS, sendo uma das primeiras febres mundiais (Foto: Divulgação/Steam)

A Dust durante muito tempo foi o mapa mais popular de CS. Alguns servidores como Dust ForeverDust 24h eram disputados a tapas, ficando lotados praticamente o dia inteiro.

A febre Dust era tão forte, que mesmo em campeonatos, ele era um dos mapas mais escolhidos. Sim, a Dust já foi mapa de campeonato!

Muito antes de se terem equipes, times ou organizações, os grupos de jogadores eram chamados de clãs/clans, assim como nos MMORPGs. As partidas, consequentemente, eram chamadas de clanfrontos ou CFs.

Os primeiros CFs tinham como cenário certo a Dust e a Aztec. Qualquer outro mapa era pura especulação, pois a grande maioria das equipes só treinavam nestes dois.

Com o passar do tempo, os jogadores começaram a perceber que havia uma certa limitação das estratégias na Dust. Para os terroristas, a única tática válida era dominar o túnel o mais rápido possível. Passar pela ponte era garantia de um verdadeira carnificina CT.

Tendo somente este caminho possível, os confrontos eram altamente previsíveis e extremamente desvantajosos para os terroristas. Por isso, o mapa foi sendo gradativamente retirado dos campeonatos até virar puramente recreativo.

7. Funkão do cs_rio

cs_rio
Clássico cs_rio, feito pelo designer brasileiro de mapas Mataleone (Foto: GameBanana)

“E os terceiros tão descendo a ladeira, levando tiro pela pernas, pelas costas…”.

Durante o boom das lanhouses, uma coisa era certa: você iria jogar cs_rio alguma hora. Feito pelo designer de mapas Mataleone, Rio foi de longe o mapa mais popular no Brasil durante a época de ouro do CS.

Ao som de um proibidão, os CTs tinham que resgatar reféns dentro de uma favela no Rio de Janeiro. O mapa era extremamente divertido e contava com alguns easter eggs maneiríssimos, como um alienígena que saia de uma caixa d’água e um jogo de futebol, com placar em tempo real e tudo.

Por conta de uma pressão da mídia, Mataleone teve que retirar o funk do mapa. O fato dele ser proibidão ligava-o a coisas ilegais, então o designer resolveu botar uma outra música no lugar.

O fato é que somente em lanhouses o original foi substituído. Online, todo mundo continuava a usar a versão “proibida” e claro, a cantar: “E os x9 tão de brincadeira, e ele quer entregar a endolação…”.

8. MP5, a arma dos pobretões

A MP5 foi a submetralhadora mais utilizada no CS 1.6 para baixo (Foto: GameBanana)

Até hoje estamos para entender o porquê da Valve ter retirado a MP5 do jogo. Essa submetralhadora de $1.500 era uma das armas mais utilizadas, inclusive em campeonatos. Seu baixo poder de fogo era compensado pela excelente rapidez no tiro. Como era bom dar 2 headshots seguidos em questão de milissegundos.

A MP5 sempre foi a primeira opção de 99% dos jogadores pobretões. Seu reinado era tão grande que ninguém nem sabia da existência de P90, UMP, MAC-10 ou qualquer outra submetralhadora. Se você estivesse sem grana para comprar AK ou Colt, vulgo M4A1, B-3-2 era o comando automático.

E não adianta vir falar de MP7. MP5 era única, linda e nós a amamos <3.

9. fy_pool_day

fy_pool_day
fy_pool_day virou hit do dia pra noite, sendo o grande precursor do mata-a-mata atual (Foto: Gamebanana)

Se tinha um mapa onde o uso de shotguns superava qualquer outro, esse mapa era fy_pool_day. O grande precursor do mata-a-mata atual, este centro aquático nada mais era do que um verdadeiro açougue de azulejo branco e piscinas no meio.

O objetivo era simples: pegar qualquer uma das armas espalhadas no chão e matar seus adversários. Não tinha que plantar bomba, resgatar reféns e nem proteger VIPs, mas era MUITO divertido.

Este mapa era o único em que andar de AWP era furada. Até tinha uns guerreiros que conseguiam se dar bem, mas o verdadeiro triunfo era pegar uma bela de uma espingarda e atirar loucamente pelos quatro cantos.

Tudo isso num cubículo de 200 x 200, para deixar a ação ainda mais frenética.

10. Modo zumbi

Left 4 Dead que nada, o verdadeiro apocalipse zumbi acontecia nos servidores de Zombie Mod lá na época do CS 1.5! Este jogo era realmente uma praga, de tão viciante.

Eram dois times: zumbis e humanos. Para os humanos, o objetivo era sobreviver o maior tempo possível sem ser infectado. Já os zumbis, tinham que transformar todos em mortos-vivos para ganhar a partida.

O jogo era uma espécie de pique-pega com temática apocalíptica. A partida começava com uma pessoa aleatória se transformando em zumbi. Ela então, tinha que infectar outros e assim crescer o seu exército de carne podre e reinar sobre o servidor. Para um humano ser infectado, bastava que um zumbi acertasse qualquer golpe. Se isso acontecesse, ele se tornava um morto-vivo e então teria que caçar seus ex-companheiros e infectá-los também.

Os zumbis não eram equipados com nenhuma arma. Eles possuíam apenas garras e uma vida descomunal, levando bastante tempo para serem abatidos. Já os humanos tinham todos os equipamentos possíveis e munição infinita.

Havia a possibilidade também de todos os zumbis serem abatidos, mas era tão raro, que a graça mesmo era se esconder em algum canto e rezar para nunca ser achado.

E aí, o que achou da nossa lista? Comente abaixo se lembrou de algo que te marcou em uma época do CS e não citamos aqui. São tantos anos e lembranças que poderíamos citar até 50 coisas, risos.

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