Entrevista com vini, um dos principais jogadores da FURIA eSports

Em entrevista exclusiva para o nosso site, tivemos a oportunidade de conversar com Vinicius “vini” Figueiredo, jogador profissional da FURIA eSports. O atleta, juntamente com sua equipe, conquistou no último fim de semana a Aorus League em cima da YeaH! Gaming, quebrando um tabu de seguidos vice-campeonatos em campeonatos nacionais.

Com apenas 18 anos, vini é uma das maiores promessas do nosso cenário e vem dando bastante trabalho aos seus adversários.

Vini FURIA eSports
Vini, da FURIA eSports (Foto: Games Academy)

Depois de tantas finais, vocês finalmente conseguiram o primeiro título. Qual foi o maior aprendizado até se tornarem campeões?

Depois de tanto bater na trave, a principal coisa que aprendi foi que com um ambiente bom, trabalho duro e muita dedicação é possível alcançar seus objetivos.

Como está sendo ter o Guerri como coach?

Está sendo muito valioso, ele ajuda demais cada jogador individualmente, além de tirar um “peso” das costas do Art, nosso capitão, e faz com que nosso jogo seja mais fluido.

Você vem chamando a atenção recentemente pelo uso da AUG e SSG552 no competitivo. Como lida com os comentários da galera sobre isso?

Eu acho até engraçado, muitos acham que uso por “trollar” ou algo do tipo, mas ambas tem suas vantagens que a AK e a M4 não oferecem.

Você é tido como um dos jogadores mais promissores do nosso cenário, quais os seus principais objetivos até o fim do ano?

Acho que um deles é tornar a FURIA o melhor time atuando no Brasil esse ano, e individualmente tentar se tornar o jogador mais consistente do cenário.

A Furia investiu em um time “de base”, a Furia Academy. Isso tem se tornado uma constante no cenário, com outras organizações também tendo suas respectivas academias. Como é a relação do time principal com o Academy e o quanto você acha importante esse tipo de investimento para a organização?

A nossa relação com a Academy é bem próxima e em várias situações treinamos contra eles.

Isso [investir em academia] é muito bom pro cenário. Além de gerar novos jogadores com grandes potenciais, ajuda no investimento de base.

O Spacca é um dos jogadores mais antigos em cena e o mais velho do time. Ele tem algum papel de líder nos momentos difíceis? Como vocês usam a experiência dele para melhorar o conjunto?

Sim, em vários momentos [ele atua como líder]. Em jogos importantes, a gente conversa bastante e a experiência dele ajuda o time a enfrentar algumas dificuldades.

Com a ESL LATAM e a ESL One Belo Horizonte, fica claro que a América do Sul entrou de vez no cenário internacional. O que podemos esperar das equipes que atuam em cenário nacional nestes eventos?

Pode se esperar um aumento no nível das equipes, com um cenário muito mais disputado e cada vez mais competitivo entre o topo do Brasil.

A tendência no cenário internacional é termos equipes com jogadores de várias nacionalidades. Acredita que isso pode se tornar uma tendência no Brasil?

Acredito, mas não para agora. O cenário ainda é muito precário em questões de infraestrutura e campeonatos grandes, então para um jogador da Europa ou América do Norte abandonar seus cenários e disputar aqui é bem difícil.

O Counter-Strike é um jogo muito psicológico e que exige muito da parte mental do atleta. Em algum momento você pensou em abandonar o sonho? Se sim, como superou essa barreira?

Olha, posso dizer pra você que é um jogo muito mental, aonde você terá que sacrificar muitas coisas para chegar no seu objetivo e posso dizer que em nenhum momento pensei em abandonar, mesmo enfrentando muitas dificuldades durante o processo de se tornar profissional.

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