Em entrevista ao podcast “HLTV Confirmed”, Jason “moses” O’Toole, head coach da Team Liquid, foi questionado sobre os desafios de fazer a equipe multicampeã voltar aos tempos áureos. Entre outros assuntos, ele também falou sobre a contratação do brasileiro duas vezes campeão de Major Gabriel “FalleN” Toledo.
Anunciado em agosto de 2020, com o objetivo de fazer a equipe voltar a figurar no topo, moses afirmou que um dos principais desafios era fazer a equipe evoluir mentalmente.
“Eu sabia que o maior obstáculo era o de mudar a cultura, a mentalidade, resolvendo principalmente o problema de desmoronamento mental da equipe. Isso foi uma coisa que destaquei como meu maior objetivo. Ainda não o alcancei, é sempre um trabalho em andamento”, contou o ex-analista.
Com o desempenho abaixo do esperado no segundo semestre de 2020, e a equipe conseguindo apenas um vice campeonato no IEM Global Challenge, moses sentiu que a Liquid já não estava na mesma sintonia e achou necessário fazer algumas mudanças na line para 2021.
“Foi uma daquelas situações estranhas em equipes, onde não acho que ninguém fosse necessariamente o problema. Não era como se fosse culpa do Twistzz, todos juntos eram um problema de alguma maneira. Essa foi uma das principais razões pelas quais decidi puxar o gatilho e deixar Russ seguir em frente. Acho que funcionou bem para ele também,” disse, se referindo ao rifler hoje na FaZe Clan.
Após selecionar o brasileiro Gabriel “FalleN” Toledo como substituto, a Cavalaria teve ainda um desempenho decepcionante na BLAST Premier Spring 2021 e, segundo o técnico, foi nesse momento que o brasileiro assumiu a função de capitão.
“Essa mudança ocorreu no dia em que fomos espancados pela FaZe pela segunda vez na BLAST. O plano nem sempre foi fazer com que FalleN se tornasse o in-game leader. Acho que Stewie lê o jogo muito bem e ele pode ser um grande líder se quiser. A atratividade do FalleN não era ele apenas sendo um AWPer ou um líder, estamos falando de alguém com muita flexibilidade dentro do jogo”.
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Preocupado se o brasileiro ainda teria vontade de realmente disputar títulos após os momentos conturbados vividos durante os dois anos na MIBR, moses disse que conversou com o veterano antes da contratação em definitivo.
“Ele estava focado em solidificar seu legado como jogador e sua história como um dos melhores AWPers e líderes in-game, e claro, em conquistar outro Major. Isso foi obviamente perfeito para mim”, admitindo ainda ter ficado impressionado com a rapidez com que FalleN foi capaz de se estabelecer na equipe e se sentir confortável o suficiente em seu novo ambiente.
Por fim, quando questionado sobre os objetivos da temporada, o técnico preferiu evitar metas específicas e ressaltou a grande oportunidade em representar a equipe norte-americana: “Se você faz parte da Team Liquid, mesmo que estejamos lutando tanto quanto lutamos nos últimos meses, as expectativas e os objetivos são sempre vencer”, afirmou.
A Liquid retorna ao cenário competitivo de CS:GO pela ESL Pro League 13, no dia 25 de março, e está no mesmo grupo de Astralis, EG, Virtus.pro, Fnatic e Endpoint (veja todos os grupos e datas na matéria abaixo).