Personalidades defendem redução na duração das partidas de CS:GO

Parece que o lançamento de VALORANT realmente está mexendo com o cenário de CS:GO. O novo FPS da Riot Games apareceu como um concorrente direto ao game da Valve e vem atraindo diversos jogadores e times de Counter-Strike. Mesmo com todas as diferenças em estilo, velocidade e mecânicas, as comparações são constantes.

Uma delas é em relação ao tempo de duração das partidas. VALORANT aderiu a um sistema um pouco diferente ao conhecido dos fãs de CS:GO. Enquanto o Counter-Strike é disputado em uma melhor de 30 rounds, no FPS da Riot Games, quem fizer 13 pontos primeiro é o vencedor. Ou seja, são disputados no máximo 24 rounds.

Esta dinâmica despertou um grande debate na comunidade internacional, que passou a questionar se o CS:GO não deveria adotar o mesmo sistema. Personalidades como Tomi “lurppis” Konaven, manager da Immortals, defenderam uma redução na duração das partidas, afirmando que haverá mais audiência.

“É mais difícil ter mais de 3 horas disponíveis para uma partida do que encontrar 1-2 horas para se comprometer com uma. E é menos interessante assistir sabendo que não conseguirá terminar a partida inteira, o que significa que menos pessoas irão sintonizar em primeiro lugar”, disse lurppis. “Se você não consegue assistir a uma partida inteira, você talvez perca o contexto da partida ou não saiba as histórias que a tornaram significativa. Como resultado, você pode achar o conteúdo menos atraente no geral”, complementou.

Uma das soluções apontadas por lurppis para solucionar este problema é justamente reduzir a quantidade de rounds. “Poderíamos tentar MR12 [12 rounds até o fim primeira metade do mapa]. A mudança para MR15 foi feita para diminuir a importância do pistol round na economia do 1.6, que está longe do sistema atual”, afirmou.

Seu ponto de vista foi reforçado pelo comentarista e ex-profissional Jacob “Pimp” Winneche. Pimp afirma que com as mudanças recentes na economia do jogo, uma melhor de 24 rounds é mais do que suficiente para saber qual time é melhor.

“Quanto mais eu assisto Counter-Strike profissional, mais estou convencido que MR12 é mais do que suficiente para determinar qual time é o melhor. MR15 não é mais necessário com o atual sistema de economia”, afirmou o ex-jogador.

Capitão da Astralis, Lukas “gla1ve” Rossander apoiou a ideia de Pimp e disse que com a nova economia, os jogos tendem a ser mais disputados, o que também faz com que eles durem mais tempo. “A MD3 de ontem entre NiP e FaZe durou quase 5 horas”, citou o dinamarquês como exemplo.

Caso o MR12 fosse implementado, não seria novidade no Counter-Strike. Isso porque nas primeiras versões do jogo, este era o sistema adotado pelas grandes organizadoras, como a CPL. Foi apenas em 2004 que o MR15 se tornou padrão.

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