A bolsa de valores se tornou o habitat para diversas empresas ligadas aos esportes eletrônicos, sejam elas desenvolvedoras ou até mesmo organizações. Por mais que se trate de um avanço para o segmento, o ano de 2022 terminou com prejuízos milionários as companhias do setor, com algumas perdendo até 90% do seu valor.
O ano começou aquecido por conta da aquisição de FACEIT e ESL pela Savvy Gaming, grupo ligado ao governo da Arábia Saudita, e dos planos da Microsoft em fazer o mesmo com a Activision Blizzard. Contudo, a esperança por um ano de ganhos se transformou em temor por conta das incertezas do mercado e das perdas relatadas pelas empresas, com mais de 50% de quedas nas ações.
Enthusiast Gaming, dona da Luminosity, e OverActive Media, que controla a MAD Lions, foram as organizações que mais sofreram com perdas de valor nas ações: mais de 82% para ambas.
As ações da Guild sofreram queda de 62%, as da GameSquare Esports (Complexity) de 54,1% e Astralis de 44,2%. Ainda teve a FaZe, que relatou perda de US$ 1,6 bilhão após se tornar capital aberto e a ação registra queda de quase 90% desde a máxima em agosto.


Contudo, a perda mais significativa do ano aconteceu com a Motorsport Games, detentora dos games da NASCAR, que viu o próprio valor no mercado cair em 92%, indo de US$ 69 milhões em janeiro para apenas US$ 3 milhões em dezembro, segundo o Stock Analysis.
Para o jornalista especializado na cobertura do mundo empresarial dos esports Tobias Seck, tais perdas indicam o grande desafio que é o mercado financeiro para as companhias de esports. Isso porque, apesar do crescimento exponencial do segmento, ele ainda apresenta alta volatilidade e um alvo fácil para fatores externos.
Por conta disso, as empresas vão precisar se adaptar a grandes desafios para se manter nas bolsas de valores.




