Conheça o dono da empresa referência no ramo de materiais de esports do Brasil

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É comum encontrar pessoas na rua vestindo a camisa do seu time do coração, ainda mais se tratando de futebol. Contudo, nos esportes eletrônicos não é tão diferente. Isso porque as equipes também possuem seus mantos, para que seus fãs possam mostrar seu apoio da melhor maneira nos campeonatos.

A WayUp é uma das empresas líderes de materiais e artigos para equipes de esports, bastante conhecida por suas parcerias na comunidade de Counter-Strike. Em seu portfólio, a empresa conta com como times como Team Reapers, DETONA Gaming, Redemption eSports, Prodigy Esports, além de equipes universitárias como Falkol Storm e Anhembi eSports.

Para saber mais sobre esse universo dos materiais esportivos, entrevistamos o CEO da WayUp, Antônio Carlos.

Para quem ainda não o conhece, quem é o Antônio e como ele conheceu os esportes eletrônicos?

Sou Antônio Carlos e tenho 25 anos. Me formei em Publicidade e Propaganda e pós-graduei na área de marketing criativo ambas pela Univali em Itajaí-SC. Sempre trabalhei no ramo de uniformes personalizados por outra parte da empresa (T&M Personalizados) na cidade de Brusque – SC, que é um pólo têxtil nacional. Conheço os jogos online desde os 7 anos, quando na época, ganhei um Playstation 1. De lá pra cá, o vício só aumentou (risos).

De onde surgiu a motivação de abrir uma empresa ligada aos esports?

Havia parado um pouco de jogar devido à faculdade e ao trabalho, mas retornei com CS:GO no fim de 2016 por diversão. Por já ter jogado vários jogos antigamente, em 2017 senti que os esportes eletrônicos estavam em outro patamar e poderia ser uma possibilidade de investimento. Vimos algumas equipes se destacando no cenário, como foi o caso da DETONA Gaming, que sempre teve uma grande fanbase. A Redragon, marca de periféricos, também nos procurou na época para uma parceria, e então decidimos iniciar os trabalhos no começo de 2018.

Quais são os maiores desafios de se trabalhar em um ramo assim?

A grande dificuldade ainda é o desenvolvimento do cenário em geral. Existem centenas de equipes amadoras mas que possuem zero investimento. Com isso, precisamos sempre recorrer à equipes tier 1 nacional. Nesse caso, com trabalho e insistência, temos conseguido arranjar espaço.

Mas, no geral, o cenário como um todo ainda precisa entender um pouco mais a importância de se ter uma equipe como uma marca, semelhante ao que equipes como FaZe Clan, Fnatic e Team Liquid vêm fazendo.

Analisando o mercado hoje, o que os fãs mais procuram na hora de fazer uma compra?

Além do preço, que é algo que todos priorizam, os fãs procuram algo de qualidade com a marca da equipe. Às vezes, o visual não é a coisa mais importante da peça, se o produto não for durável e não tiver um material bom. Além disso, um atendimento diferenciado também deixa o público bem satisfeito, como bom tempo de resposta, de envio, etc.

Você tem parceria com grandes equipes nacionais. Sonha em expandir o projeto para fora do Brasil?

Sim, isso já está em nossos planos e existem algumas coisas acontecendo que não podemos comentar por enquanto.

O cenário universitário tem ganho mais força dentro do país e vemos várias equipes desenvolvendo seus próprios uniformes. Você acha que essa área é a próxima grande oportunidade?

Sim, temos visto diversos movimentos em prol do cenário universitário, como as parcerias de equipes tradicionais com equipes universitárias. A WayUp vê muito futuro nisso e já temos alguns parceiros de renome nacional, como a Falkol Storm e a Anhembi Morumbi.

Vocês possuem algum projeto futuro para o desenvolvimento de novos produtos para a WayUp?

Estamos com projetos de produtos tradicionais e também produtos intangíveis. A criação de conteúdo é algo que pretendemos focar bastante para 2020, como criação de vídeos, podcasts, blog de conteúdo e entre outros.

Recentemente vocês fecharam parceria com duas equipes que atuam no League of Legends: Redemption e Prodigy Esports. Fale um pouco mais delas.

Sempre foi uma vontade nossa ter no portfólio equipes que disputam o CBLoL, e acredito que como nós, elas também procuram algo de qualidade. As coleções com essas equipes ficaram incríveis e em breve teremos muitas novidades.

O Brasil sediará o próximo Major de CS:GO. Qual o impacto que um evento desses traz para o mercado nacional e qual a sua expectativa para o evento?

Ele será ótimo para nosso mercado! Principalmente para marcas não-endêmicas perceberem cada vez mais o impacto que o cenário de esports pode atingir no Brasil.

CS:GO, LoL e Fortnite vêm há muito tempo tendo excelentes números em questão de espectadores e agora, com a ascensão do Free Fire, estamos tomando reconhecimento nacional. Esse tipo de notícia só engrandece cada vez mais o nosso cenário e traz oportunidades novas para todos, desde players e marcas a equipes e profissionais do ramo.

Como funcionam suas parcerias? As equipes entram em contato ou a WayUp investe no potencial da marca?

Hoje em dia, a WayUp faz produtos para qualquer equipe, da menor à maior, desde que elas estejam dispostas a ter esse investimento.

Já as equipes ou influenciadores que estão no site, estes passam por uma triagem e precisamos analisar diversos fatores, como os números das redes sociais, o tipo de elenco, os investimentos recebidos, etc. Mas, sempre estamos dispostos a atender qualquer equipe e explicar como esse processo funciona.

Teria algum recado final para os leitores?

Sempre bom ressaltar para as equipes e marcas que percebam a importância que a construção de uma linha de produtos possui. Além de fortalecer o branding, atrai os fãs para apoio e consumo da sua marca. O resultado só é positivo.

 

Foto de capa: Reprodução/WayUp

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