Guild Esports tem prejuízo de quase R$ 55 milhões em 2022
A Guild Esports, organização de esportes eletrônicos do Reino Unido que tem David Beckham como embaixador e sócio, divulgou nesta semana o seu relatório financeiro para o ano de 2022, que vai até o dia 30 de setembro. A empresa, listada na bolsa de valores de Londres, apresentou uma perda total de £ 8,75 milhões (~R$ 54,9 milhões na cotação atual), que é um pouco menor do que em 2021, quando relatou um prejuízo de £ 8,82 milhões (~R$ 55,3 milhões).
Apesar disso, a receita anual da Guild aumentou para £ 4,5 milhões (~R$ 28,2 milhões), em comparação com £ 1,9 milhões (~R$ 11,92 milhões) em 2021. A principal fonte do faturamento da organização foram os patrocínios, que renderam um total de £ 3,2 milhões (~R$ 20 milhões).
Com o prejuízo milionário, a empresa encerrou o período com reservas de caixa reduzidas, em um total de £ 2,73 milhões (~R$ 17,1 milhões). Em 2021, a Guild possuía £ 10,7 milhões (~R$ 67,1 milhões) no caixa.
Entretanto, vale ressaltar que neste momento (janeiro de 2023), a organização possui apenas £ 1,6 milhões (~R$ 10 milhões) disponíveis para o restante do ano.
Para aliviar a pressão financeira ainda em 2022, a Guild reduziu o número de seus funcionários de cerca de 45 para 30. Outra medida adotada foi a redução no custo do time de criação de conteúdo, mudando a estratégia de empregar influencers de forma permanente para selecioná-los apenas para campanhas específicas.
Além disso, a empresa também conseguiu renegociar seu acordo com Beckham. Agora, ela não é mais obrigada a pagar a quantia mínima de £ 15,25 milhões (~R$ 92,6 milhões) à empresa Footwork Productions, pertencente ao jogador, reduzindo este valor para £ 7,5 milhões (~R$ 47 milhões).
Mais um ponto que sofreu cortes pela empresa foi a Guild Academy, lançada em 2021 como um portal de treinamento online e que ganhou um espaço físico posteriormente na cidade de Shoreditch, Londres. A organização disse nos resultados anuais que “a academia online inicialmente gerou mais de 3.000 inscrições e engajamento de profissionais e jogadores, mas apesar da resposta positiva do mercado no início, o interesse na academia diminuiu, o que resultou em retornos menores do que o esperado para a empresa”.
Mesmo com todos esses percalços, a CEO da Guild, Jasmine Skee, se mostrou otimista com o futuro: “O novo ano começou bem, com uma base de custos mais baixa, um conselho e equipes de gerenciamento sênior fortalecidos, além de um foco na ampliação de nossas fontes de receita e público, o que coloca a Guild em uma excelente posição para continuar seu momento positivo. Portanto, olhamos para o futuro com confiança”.