Em entrevista para o The Esports Observer (TEO), o CEO da paiN Gaming, Thomas Hamence, explicou que está aberto a conversar com outros investidores para 2021. Depois de fechar parcerias comerciais recentes com a Ame Digital e a Motorola, o time brasileiro quer ainda mais.
Antes mesmo da virada para o próximo ano, a paiN aproveitou para renovar o patrocínio com a WD_BLACK, divisão premium de SSD da Western Digital, uma indústria manufatureira de hardwares que está com a organização desde 2015.
Essa procura por novas parcerias é explicada também pelo novo molde de League of Legends no Brasil, tendo em vista a chegada das franquias para o CBLoL. Isso porque a organização é uma das dez selecionadas para o sistema em 2021.
Para isso, a paiN precisou desembolsar cerca de R$ 4 milhões para adquirir sua vaga na elite na próxima temporada. De acordo com Thomas, este valor não foi bancado por nenhum patrocinador.
Brazilian organization @paiNGamingBR renews the sponsorship of @wd_black and opens up for receiving external investments in 2021. CEO Thomas Hamence spoke with TEO regarding the topic.https://t.co/TII3cR33dX
— The Esports Observer (@esportsobserved) December 1, 2020
“Nós vamos pagar a taxa de franquia com nossos próprios recursos, com o uso do CAPEX (Despesas de Capitais, em português) para não dependermos de um terceiro investidor em nossas operações, mas isso não significa que não estamos abertos à investimentos”, explicou Hamence para o jornalista Victor Frascarelli.
Para manter o negócio saudável, investidores serão bem-vindos ano que vem para que o time continue competitivo, forte e tradicional.
“Estamos procurando e conversando com alguns Capitais de Ventura e investidores, pois temos grandes ambições. Para a gente sempre seguir em frente e conduzir o time, nós temos que ter uma boa capitalização. Então, sim, estamos abertos para o primeira rodada de investimentos”, finalizou Thomas.
nois e a @MotorolaBR hoje ae pic.twitter.com/bPzD90ELqL
— paiN Gaming (@paiNGamingBR) November 18, 2020
Fora do League of Legends
Apesar de toda a mudança no CBLoL, algumas propostas e procuras de investimentos não são somente para fortalecer a marca no League of Legends, mas como algo natural no meio dos esports. Como disse Thomas, “faz parte da equação”.
Na entrevista ele cita o cenário de Counter-Strike: Global Offensive, VALORANT, Free Fire e Clash Royale, títulos em que a paiN possui times, embora não sejam tão populares entre os fãs. “As figuras do cenário de CS:GO estão em um nível realmente alto, então para fazermos barulho nesse meio devemos precisar de mais capital”, relatou Hamence.
A abertura para investimentos significa que a paiN deve negociar alguma porcentagem do patrimônio da empresa, numa espécie de abertura para receber sócios. No entanto, o CEO Thomas Hamance não deixou claro quanto deverá ser essa porcentagem, pois depende de uma série de fatores do mercado.
De toda forma, a grande novidade é que a paiN está vindo em 2021 querendo investimentos seguros, fortes e que tragam benefícios na prática. São parcerias comerciais importantes para trazer melhorias gerais.
Com mais capital é possível fortalecer a infraestrutura física do clube, para pagar bons jogadores e treinamentos, assim como trazer crescimento para a marca. São caminhos para crescer não apenas em League of Legends, mas em todo cenário de esports.
A entrevista pode ser lida completa no site The Esports Observer.