Uma pesquisa apresentada pela Queensland University of Technology mostra que jogadores de esportes eletrônicos possuem um corpo mais saudável que a população em geral. Nos Estados Unidos, por exemplo, os dados mostram que a porcentagem de jogadores com classificação saudável é 18% maior que o restante da população. Na Austrália, o número salta para 21%.
Entretanto, quando analisado de forma global, a porcentagem é de 10% apenas. Ainda assim, os dados quebram um tabu de que pro players possuem uma vida menos saudável e menos regrada que as demais pessoas. Para alcançar esses números, a universidade realizou a pesquisa com 1.4 mil jogadores em 65 países.
“As descobertas desafiam o estereótipo do jogador com obesidade mórbida. Quando você pensa em esportes eletrônicos, muitas vezes surgem preocupações em relação ao comportamento sedentário e problemas de saúde como resultado, e o estudo revelou resultados interessantes”, disse Michael Trotter, pesquisador da QUT.
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Ainda de acordo com a Queensland University, os melhores jogadores de esporte eletrônico do mundo são fisicamente mais ativos que os demais players. Em média, eles praticam atividades físicas quatro vezes por semana. Assim, o estudo sugere que os exercícios físicos feitos de maneira regular podem influenciar positivamente nas habilidades dentro do jogo.
“O exercício e a atividade física desempenham um papel de sucesso nos esportes eletrônicos e devem ser o foco das organizações que treinam jogadores de esportes eletrônicos”, afirmou Trotter.
O pesquisador complementa que para aumentar ainda mais suas performances, os jogadores de alto nível “passam mais de uma hora por dia praticando exercícios físicos”. A prática também ajuda a controlar o estresse causado pela competição.
Os dados ainda apontam que os pro players são menos propensos a consumir álcool ou fumar. Enquanto quase 19% da população mundial fuma diariamente, apenas 3,7% dos jogadores de esports são fumantes diários.
Entretanto, a pesquisa também mostra que uma pequena parcela dos pro players apresentam obesidade mórbida, e que essa parcela é 4% maior quando comparada com a população global.