LoL: Em resposta à comunidade, LEC rompe parceria com a NEOM

Após grande repercussão negativa por parte da equipe de transmissão e da comunidade, a organização da LEC anunciou o rompimento do patrocínio da NEOM, empresa da Arábia Saudita. Ela acontece menos de 15 horas depois do anúncio da parceria.
An important update on #LEC NEOM partnership:https://t.co/aoH7QpziIT
— LEC (@LEC) July 30, 2020
Em nota, Alberto Guerrero, Diretor de Esports da região EMEA (Europa, Oriente Médio e África), esclareceu o compromisso da Riot em ouvir a comunidade quanto às atitudes tomadas pela empresa.
“Como empresa e como uma liga, sabemos que é importante reconhecer quando cometemos erros e trabalhar rapidamente para corrigi-los. Após mais reflexões, enquanto continuamos firmemente comprometidos com todos os nossos jogadores e fãs em todo o mundo, incluindo aqueles que vivem na Arábia Saudita e no Oriente Médio, a LEC encerrou sua parceria com a NEOM, com efeito imediato”, disse Alberto.
Além disso, o Diretor explicou que a parceria tinha com objetivo “expandir o ecossistema dos esports para o Oriente Médio”. Contudo, para evitar rachaduras, principalmente com a comunidade já consolidada, a organização da liga europeia abdicou do acordo.
Entendendo a polêmica
Na tarde desta quarta-feira (29), a LEC oficializou sua parceria com a NEOM, empresa responsável pela criação de uma cidade na Arábia Saudita. No entanto, o anúncio veio como uma surpresa desagradável tanto para a comunidade, quanto para a equipe de transmissão.
Isso porque o país do Oriente Médio possui um histórico negativo quando o assunto é direitos das mulheres e direitos da comunidade LGBTQIA+. O país não possui leis contra a discriminação sexual ou de gênero.
Além disso, a advocacia para direitos LGBT por lá é tratado como ilegalidade. Até 2017, o país não permitia que mulheres dirigissem e ano passado, elas puderam finalmente viajar para o exterior sem uma autorização prévia do pai ou marido.
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Quanto a NEOM, se trata de uma cidade planejada com um investimento de 500 bilhões de dólares. O projeto foi anunciado pelo príncipe Mohammad bin Salman, herdeiro do rei Salman bin Abdul, acusado de ser responsável pela decapitação de várias pessoas injustamente e apontado como um dos mandantes do assassinato brutal do jornalista Jamal Kashoggi, crítico do governo.
