Riot Games libera patrocínios de casas de apostas no LoL e VALORANT

Medida vale para equipes de Tier 1 nas regiões Américas e EMEA
VCT Masters Toronto
Palco do VALORANT Masters Toronto (Foto: Eric Ananmalay/Riot Games)

A Riot Games anunciou, nesta quarta-feira (26), que irá permitir o patrocínio de casas de apostas para equipes de League of Legends e VALORANT nas regiões das Américas e EMEA. A mudança vale apenas para organizações consideradas de Tier 1, e vem acompanhada de diretrizes rígidas para garantir a integridade competitiva dos torneios.

R$ 58 bilhões em apostas motivaram a decisão

Segundo a Riot, o volume de apostas em partidas de LoL e VALORANT ultrapassou os US$ 10,7 bilhões em 2024 (cerca de R$ 58,5 bilhões na cotação atual), sendo cerca de 70% realizadas em mercados não regulamentados. A desenvolvedora afirma que a liberação do patrocínio é uma resposta direta ao apelo das organizações por novas fontes de receita e uma tentativa de trazer mais transparência ao setor.

Publicidade restrita e foco em segurança

Mesmo com a liberação, a Riot impôs diversas restrições. As marcas de apostas:

  • Precisarão de aprovação prévia da Riot antes de fechar parcerias com equipes;
  • Deverão utilizar os dados oficiais da GRID, empresa parceira da desenvolvedora, para impedir a criação de mercados alternativos;
  • Não poderão aparecer em transmissões oficiais, nem em uniformes dos jogadores.

Além disso, os times patrocinados terão que implementar programas internos de integridade, com foco em educação e prevenção de manipulação de resultados.

Parte da receita será revertida ao Tier 2

A Riot também anunciou que uma parcela da receita obtida com essas novas parcerias será usada para fortalecer o cenário de base, com foco em:

  • Premiações maiores para torneios de Tier 2;
  • Mais campeonatos regionais;
  • Capacitação de organizadores e jogadores iniciantes.

Comunidade reage com críticas e preocupações

O anúncio gerou polêmica entre os fãs. Em fóruns como o Reddit, parte da comunidade demonstrou preocupação com o impacto ético da medida.

“É ruim em todos os sentidos. Mesmo ignorando o fato de ser predatório, isso só facilita manipulação de resultados”, comentou um usuário.

Outro apontou que a decisão pode ser uma alternativa à estagnação do ecossistema: “Infelizmente, é isso ou ver o cenário morrer aos poucos.”

Contexto mais amplo

A decisão se alinha a um movimento crescente de legalização e regulamentação das apostas nos esports. Outras modalidades, como Counter-Strike, já permitem patrocínios do tipo há anos, embora também enfrentem desafios com manipulação de resultados e influência externa.

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