Riot Games libera patrocínios de casas de apostas no LoL e VALORANT


A Riot Games anunciou, nesta quarta-feira (26), que irá permitir o patrocínio de casas de apostas para equipes de League of Legends e VALORANT nas regiões das Américas e EMEA. A mudança vale apenas para organizações consideradas de Tier 1, e vem acompanhada de diretrizes rígidas para garantir a integridade competitiva dos torneios.
R$ 58 bilhões em apostas motivaram a decisão
Segundo a Riot, o volume de apostas em partidas de LoL e VALORANT ultrapassou os US$ 10,7 bilhões em 2024 (cerca de R$ 58,5 bilhões na cotação atual), sendo cerca de 70% realizadas em mercados não regulamentados. A desenvolvedora afirma que a liberação do patrocínio é uma resposta direta ao apelo das organizações por novas fontes de receita e uma tentativa de trazer mais transparência ao setor.
Publicidade restrita e foco em segurança
Mesmo com a liberação, a Riot impôs diversas restrições. As marcas de apostas:
- Precisarão de aprovação prévia da Riot antes de fechar parcerias com equipes;
- Deverão utilizar os dados oficiais da GRID, empresa parceira da desenvolvedora, para impedir a criação de mercados alternativos;
- Não poderão aparecer em transmissões oficiais, nem em uniformes dos jogadores.
Além disso, os times patrocinados terão que implementar programas internos de integridade, com foco em educação e prevenção de manipulação de resultados.
Parte da receita será revertida ao Tier 2
A Riot também anunciou que uma parcela da receita obtida com essas novas parcerias será usada para fortalecer o cenário de base, com foco em:
- Premiações maiores para torneios de Tier 2;
- Mais campeonatos regionais;
- Capacitação de organizadores e jogadores iniciantes.
Comunidade reage com críticas e preocupações
O anúncio gerou polêmica entre os fãs. Em fóruns como o Reddit, parte da comunidade demonstrou preocupação com o impacto ético da medida.
“É ruim em todos os sentidos. Mesmo ignorando o fato de ser predatório, isso só facilita manipulação de resultados”, comentou um usuário.
Outro apontou que a decisão pode ser uma alternativa à estagnação do ecossistema: “Infelizmente, é isso ou ver o cenário morrer aos poucos.”
Contexto mais amplo
A decisão se alinha a um movimento crescente de legalização e regulamentação das apostas nos esports. Outras modalidades, como Counter-Strike, já permitem patrocínios do tipo há anos, embora também enfrentem desafios com manipulação de resultados e influência externa.