Nesta terça-feira (29), os fãs da LEC, bem como a equipe de transmissão, foram pegos de surpresa com o novo patrocinador da liga. Isso porque a LEC fechou parceria com a NEOM, uma cidade planejada a ser construída na Arábia Saudita.
No entanto, o novo parceiro da liga causou revolta por parte da equipe de talentos da LEC. Membros, analistas, narradores e apresentadores demonstraram sua decepção nas redes sociais.
This is disappointing because this is the LEC. It’s my team, my product, my managers, my office.
My family. My home.
This isn’t someone far away in HQ that I don’t know. This is devastating because I know who made these choices and I feel silenced.
— Froskurinn (@Froskurinn) July 29, 2020
“Isso é decepcionante, porque isso é a LEC. É a minha equipe, meu produto, meus gerentes, meu escritório, minha família, minha casa. Não é alguém distante no escritório que eu não conheço. Isso é devastador porque sei quem fez essas escolhas e me sinto silenciada”, disse Froskurinn, comentarista da LEC.
Outros membros da equipe de transmissão como Drakos e Vedius também demonstraram insatisfação, afirmando “hoje não é um dia bom para ser um membro da LEC”. Quando perguntada sobre o assunto no Twitter, Sjokz, apresentadora da liga, disse que não poderia responder, pois toda a equipe estava em choque com o anúncio.
I can’t answer that right now. We are all in shock.
— Eefje Depoortere (@sjokz) July 29, 2020
Entenda a polêmica
A revolta dos membros da LEC se dá por conta do histórico da Arábia Saudita quando o assunto é direitos das mulheres e direitos da comunidade LGBTQIA+, campanha essa defendida pela LEC, como é visto nos perfis da liga.
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O país não possui leis contra a discriminação sexual ou de gênero. Além disso, a advocacia para direitos LGBT por lá é tratado como ilegalidade. Até 2017, o país não permitia que mulheres dirigissem e ano passado, elas puderam finalmente viajar para o exterior sem uma autorização prévia do pai ou marido.
Quanto a NEOM, se trata de uma cidade planejada com um investimento de 500 bilhões de dólares. O projeto foi anunciado pelo príncipe Mohammad bin Salman, herdeiro do rei Salman bin Abdul, acusado de ser responsável pela decapitação de várias pessoas injustamente e apontado como um dos mandantes do assassinato brutal do jornalista Jamal Kashoggi, crítico do governo.