Bate-papo com YJ, indicado a melhor jogador do ano no Brasil

Lucas “YJ” Yuji foi destaque no cenário brasileiro com ótimas performances em 2017, sendo inclusive indicado a melhor jogador do ano pela Gamers Club. Com apenas 22 anos e foco total no CS:GO, o atleta da W7M Gaming, segunda colocada em nosso ranking, tem tudo para levar a sua organização a um patamar maior.

Yuji
YJ ergue troféu da Brasil Game Cup pela Bootkamp (Foto: Reprodução/Facebook)

Olá Yuji! Os esports ainda estão em crescimento em todo o mundo. Nos diga, quais as maiores dificuldades ao escolher um esporte eletrônico como trabalho principal?

Sem dúvidas a aceitação da família foi a maior dificuldade que tive. Acredito que seja para a maioria e comigo não foi diferente. No meu caso, eu sempre trabalhei/estudei e joguei competitivamente, mas estava chegando em um momento que eu tinha que escolher, pois não estava me dedicando 100% em nenhum dos dois. Os pais não entendem e acabam falando coisas que não sabem. Pra mim essa é a maior dificuldade.

Como foi, mesmo por pouco tempo, a experiência de jogar fora do Brasil pela Tempo Storm? Quais as maiores diferenças que você pôde notar em jogos e treinos?

Cara, eu fui tendo em mente que estava realizando um sonho e aquela era a minha oportunidade. Apesar de super rápida, foi muito boa. Já tinha amizade com a galera de lá e isso facilitou ainda mais minha adaptação, já que nunca tinha morado em GH nem nada. A diferença que é bastante nítida é a velocidade de pensar e executar algo, o jogo é em torno de informação todo tempo e eles te punem toda hora. Você sempre tem que estar ligado se não eles conseguem te punir.

Voltando ao cenário nacional, quais foram as principais mudanças (ou motivos) do começo na Black Dragons até a equipe adquirir todo esse “poder”?

A mentalidade desde a ProGaming sempre foi a mesma que era chegar ao topo independente de tudo. A principal mudança foi que na Black Dragons já estávamos sendo vistos com bons olhos e isso fez com que nos acomodássemos, tendo um pensamento totalmente diferente do nosso ideal que era de ganhar. Acabamos tendo uma queda de rendimento (acho que normal) mas depois conseguimos voltar firmes, acertar a lineup e com muito mais bagagem. Acho que a coisa mais fácil é você chegar no topo, o difícil é se manter nele. Essa frase super clichê é totalmente válida nesse mundo, e depois que pegamos essa experiência ficou mais fácil e conseguimos jogar melhor.

A Isurus, atual 3º colocada em nosso ranking, vem dando muito trabalho aos brasileiros nos últimos meses, o que mostra como os times da América do Sul tem evoluindo bastante. Acredita que em breve teremos uma liga sul-americana, com as melhores equipes do continente disputando vagas em grandes torneios?

Olha, como nós vivemos isso e sabemos um pouco dos bastidores, a ISG merece muito estar aonde estão. Um time totalmente dedicado e que treina muito. Isso é muito bom pra gente, pro nosso cenário e incentiva a ter mais jogadores sul-americanos disputando. É importante eles terem esse destaque aqui e mostrar para todos os outros países que são capazes também. É só trabalhar.

Você foi indicado ao prêmio de melhor jogador do ano pela Gamers Club, sendo que dividia na maior parte do tempo o jogo com o trabalho. Agora com o foco total no cenário competitivo, o que podemos esperar do seu desempenho neste ano que está por vir?

Vou ser sincero que fiquei surpreso com meu nome sendo indicado. Sei do meu potencial mas nunca esperei estar ali, sendo apontado entre os melhores players do Brasil. Isso é uma honra! A maioria do pessoal sabe que CS nunca foi minha “prioridade” e sempre tive outras responsabilidades, mas mesmo assim consegui chegar em um nível muito bom e isso com certeza é por conta dos caras que estão comigo. Sem eles acho que não conseguiria desempenhar um bom jogo, onde tenho muita liberdade para fazer tudo.

Não vou mentir, o trabalho me atrapalhava…acordava às 7 da manhã e ia dormir às 2! Era muito cansativo e isso às vezes atrapalhava meu desempenho. Além de que me impedia de crescer, de me atualizar e isso que eu espero para 2018, que eu seja cada vez mais completo e com mais recursos em minhas funções para ser o mínimo previsível.

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