Call do Khnok: A “gracinha” da Liquid contra a MIBR lhes custou o título de Miami

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No último sábado (13), marcou uma das melhores atuações brasileiras nos últimos meses. Muito graças a um belo começo contra os atuais melhores do mundo, Astralis. O resultado de 16 a 2 não foi mera atuação fraca dos dinamarqueses. Com Marcelo “coldzera” David com um total de 24 kills e 4 mortes, o elenco protagonizou uma vitória esmagadora, que não acontecia sobre a Astralis há dois anos.

O último resultado de tamanha expressão ocorrera contra a North em 2017, um 16 a 1. Um dia atípico para ambos os lados, com a MIBR brilhando como tanto esperamos e os dinamarqueses sendo “jantados” pelos canarinhos.

No segundo confronto do dia, tendo em vista o primeiro resultado, a maré estava a favor do brasileiros novamente. A Cloud9 está em grande renovação, e o ímpeto e desempenho de João “felps” Vasconcelos trouxeram ao Brasil mais uma vitória importantíssima. O elenco estava a uma vitória de ir para as finais da BLAST Pro Series Miami. O problema estava neste último obstáculo, a Team Liquid.

A Liquid fez uma grande campanha em Miami. No primeiro dia, ganhou com certa tranquilidade contra FaZe e NaVi, passando apenas sufoco para a Cloud9. Enquanto no segundo dia, o clássico Liquid e Astralis foi o mais próximo que estiveram de uma derrota.

Com os americanos já classificados, eles não tinham muito incentivo para ganhar o jogo final, tendo em vista que não lhe traria benefícios. Muitos especularam se eles cogitariam “entregar” a partida para assim enfrentarem uma equipe mais “fácil”, a MIBR no caso.

Se fossem derrotados no quinto jogo, os brasileiros estariam na final. Um clássico do cenário norte-americano. Brasil contra Estados Unidos. Até mesmo uma possível vingança contra o capitão Gabriel “FalleN” Toledo e o elenco que os “roubou” o Major.

Mas estes não eram os planos da Team Liquid.

Ao contrário do começo do jogo, que iniciaria com grande disparidade de pontos (7-0 MIBR), a Team Liquid não se daria por derrotada. Em uma partida decidida nos detalhes, e em particular por um ninja defuse de Nicholas “nitr0” Cannella, a Liquid derrubaria o sonho brasileiro de protagonizar sua primeira final em 2019 e com isso fecharia a fase de grupos com cinco vitórias e zero derrotas. Uma corrida digna de um campeão. Caso que não veio a ocorrer.

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Liquid não entregou contra MIBR, mas “entregou” o campeonato à FaZe

O que acredito ter sido um erro completamente não intencional, custou para os americanos o campeonato. Liquid não deveria entregar para a MIBR, isto é antiesportivo e pode até ser considerado “match fixing” dependendo do ponto de vista.

Simplificadamente, “Match fixing” é o ato de entregar uma partida por algum tipo de benefício, como foi protagonizado pelo caso iBUYPOWER de Braxton “swag” Pierce. No jogo da Liquid, não acredito que seria match fixing, mas possuo com convicção a opinião de que ela entrou contra a MIBR com a mentalidade completamente errada.

A Liquid, ao meu ver, deveria ter recebido “ordens diretas” de seu técnico Eric “adreN” Hoag, veterano de longa data e de Major, que deveria ter aliviado a pressão sobre seus jogadores e indicado que eles não precisavam se esforçar tanto em tal confronto. “Isto não seria o mesmo de entregar?” Claro que não! A diferença é simples. Não importando o adversário que viesse na final, há um certo desgaste ao jogar três MD1s consecutivas. Mesmo que a primeira partida tenha sido tranquila, a Liquid já havia tido dificuldades com a Astralis no seu quarto confronto do campeonato, então nada mais justo que seus jogadores pegassem mais leve no confronto de mesmo importância.

Com o placar em 7-0 para a MIBR, a Liquid teve que executar um mini-comeback para continuar disputando a partida. Mas não havia motivo algum para tanto trabalho. Durante os oito rounds que eles conseguiram dos brasileiros, a grande maioria destes foram definidos nos detalhes, dois contra um, um contra um e etc. Isto causou grande desgaste para os jogadores da Liquid, que tiveram que diversas vezes resolverem os rounds com clutchs e táticas bem elaboradas.

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É importante lembrar que os brasileiros vinham de duas grandes vitórias e não havia apenas o ímpeto de seu atual desempenho, mas a sede de conseguir chegar à final. Cada troca, cada tiro e cada round era ainda mais pesado, isto significa que a Liquid decidiu jogar uma “mini” final contra o elenco de FalleN. E esta final foi decidida por Nicholas “nitr0” Cannella e seu “irresponsável” ninja defuse.

No âmbito de fazer um show, o ninja defuse é muito divertido, mas foi este um dos principais pregos no caixão da Team Liquid. Ou melhor, no caixão da MIBR ir para a final. Em um round completamente perdido, que mudaria completamente o andamento do jogo, nitr0 encontro um furo na agressão brasileira, e mesmo sem um defuse kit (ele encontrou por acaso no caminho à bomba), foi para tentar vencer o round. A pintura que estava se fazer era tão absurda que se fosse planejada não aconteceria em nenhum universo inimaginável. nitr0 havia destruído a moral e espírito dos brasileiros com um deslize que no papel não faz nenhum sentido.

Resultado da partida? 16-10 Team Liquid.

Uma partida que muitos brasileiros procuram culpar a MIBR pelo comback que eles deixaram a Liquid fazer. Pelo ninja defuse de nitr0 que nenhum time amador receberia em um 4 contra 1. Mas eu acredito que a “culpa” reside em outro local. Team Liquid havia se desgastado de um tanto que refletiria na final contra FaZe.

O placar da MD3 não explica tudo, mas eu gosto de trabalhar com o desempenho dos jogadores neste caso. Nenhum dos jogadores da Liquid, nas duas partidas contra FaZe Clan, tiveram ratings acima de 1.0, isto significa que todos jogaram muito abaixo do seu rendimento normal. Claro que temos que parabenizar a atuação de Håvard “rain” Nygaard e Nikola “NiKo” Kovač, mas há de se criticar o desgaste que foi levianamente permitido sobre os jogadores da Team Liquid.

Consequentemente, acredito que em um momento que a Team Liquid não precisava de desgaste nenhum (contra os brasileiros da MIBR), eles tomaram a decisão no mínimo irresponsável de estressarem seus jogadores ainda mais uma vez antes de jogarem a grande final. Ou melhor, qualquer que fosse o time adversário, durante a partida contra a MIBR, eles poderiam muito bem utilizá-la para enganar seus futuros adversários da final. Isto não é entregar, é mentalidade de campeão, que faz o que for necessário (dentro das regras) para levantar o troféu.

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Comentários 2
  1. DE FATO SEU RACIOCÍNIO TEM LÓGICA, ALÉM DE TER TIDO UM ESTRESSE EXTRA CONTRA MIBR ELES RELACHARAM COM O NINJA QUE DECRETO FIM DA LINHA PARA MIBR.O CORPO DEPOIS DE BOAS RISADAS TEM AQUELE RELACHAMENTO NATURAL, NAO SEI SE ISSO TEM AVER MAS PODE SET TMB.

  2. fazia tempo que eu não lia tanta besteira assim, a Liquid jogar pra perder somente pra se poupar pra final? slc e ainda culpa o cara que tava trabalhando pro time ganhar, sei la quem tu e, mas reveja seus conceitos meu caro

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