Co-CEO da NRG cita “falta de estrutura” e “salários ridículos” no CS:GO

Reprodução/Twitter

Faz pouco mais de duas semanas que a line-up de CS:GO da NRG foi vendida à Evil Geniuses. A organização deixou a modalidade em alta, chegando na semifinal do StarLadder Berlin Major 2019. Se por um lado, o elenco seguiu seu caminho jogando pela EG, uma das tags mais antigas do cenário, por outro, a organização aguarda pela estreia no Call of Duty.

Para não deixar dúvidas no ar, Andy Miller, Co-CEO da NRG, criou um tópico no fórum Reddit para tentar responder a todos os tipos de perguntas dos fãs sobre a organização. Seja sobre o time de CS:GO, Call of Duty, ou até mesmo sobre o tempo em que ele trabalhou ao lado de Steve Jobs, na Apple.

Dentre as respostas do empresário, as que mais chamam a atenção são referentes ao cenário de CS:GO. Andy Miller não teve dúvidas em responder que um dos principais motivos para a saída do jogo é a falta de apoio da Valve.

Questionado sobre a volta da NRG ao cenário, o co-CEO afirmou que a “falta de estrutura” é o principal empecilho.

Co-CEO falou sobre o descontentamento com o cenário de CS:GO (Divulgação/Twitter)

“Nós gostaríamos de voltar ao CS algum dia. Mas é um jogo muito difícil para as organizações investirem, principalmente em função da economia e da falta de estrutura”, disse Miller. Por fim, finalizou afirmando que a volta não deve acontecer em pouco tempo: “Não temos planos [de voltar] no momento. Principalmente porque todas as nossas equipes são de calibre de campeão e queremos continuar investindo nelas”, finalizou.

Saída do Counter-Strike

Além da falta de estrutura, outro ponto levantado por Andy Miller é referente ao alto custo de se manter um time de Counter-Strike. O co-CEO afirmou que o custo anual da NRG beirava os US$ 2 milhões. O valor corresponde a cerca de R$ 8 milhões, de acordo com a cotação atual.

Mesmo assim, Andy afirma que não foi fácil abandonar o cenário, principalmente por causa da relação que ele tinha com os jogadores da equipe. Contudo, ele culpa os empresários do meio pelo destino que o cenário de CS:GO tomou.

“Criamos a equipe de maneira certa ao longo dos anos. Realmente gosto deles, mas o espaço é louco. É tudo culpa dos donos. 100% culpa deles. Além disso, os salários são ridículos”, disse.

Antes de anunciar a saída do Counter Strike, a NRG já havia afirmado que faria parte da nova liga de Call of Duty. Na última semana a Activision oficializou o evento em que a organização garantiu entrada. Com modelo de franquia, a Call of Duty World Tour vai contar com 12 equipes.

NRG no Call of Duty

Activision anunciou nova liga de CoD (Divulgação/Activision)

Entretanto, para garantir a vaga na competição, a NRG teve que comprar uma franquia no campeonato. De acordo com a ESPN, cada time precisou desembolsar cerca de US$ 25 milhões para garantir um lugar no torneio, que funcionará no sistema de franquias, assim como as competições de Overwatch e League of Legends.

Apesar de não ter confirmado o valor, Andy Miller disse que a venda do time de Counter-Strike está ligada à entrada na liga de CoD: “A venda foi dolorosa. Mas, queremos que a NRG esteja no topo por muito tempo e o modelo atual de CS não nos ajudaria a chegar lá. Queremos lançar um time insano e o time de Chicago vai nos ajudar a chegar lá”.

Com início no ano que vem, a Call of Duty League só tem os times participantes anunciados até o momento. Dentre as dúvidas dos usuários do Reddit, uma delas era justamente sobre quais jogadores iam compor a NRG, mas Andy fez mistério sobre o caso: “Me matariam se eu falasse qualquer coisa sobre o time de CoD. Estamos seguindo um plano que já está em vigor. Mas fique tranquilo, porque vamos revelar os jogadores e as equipes em breve. Vocês vão adorar.”

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