Caster e comentarista de torneios como o PGL Stockholm Major 2021, Auguste “Semmler” Massonnat fez duras críticas ao circuito feminino de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) anunciado pela ESL nesta semana, que terá US$ 500 mil em premiação, cerca de R$ 2,8 milhões na cotação atual.
Em uma publicação nas redes sociais, Semmler destacou que a proposta de uma das maiores organizadoras do Counter-Strike não é benéfica para as jogadoras, tendo em vista que não auxilia na inclusão delas no cenário misto e estimula ainda mais a segregação.
“Se o objetivo é fazer com que mais mulheres compitam com os homens, ter uma liga com dinheiro grátis apenas para mulheres não está trabalhando ativamente contra esse objetivo? Por que competir com os homens se você tem um pagamento garantido em um ambiente com bem menos competividade?”, indagou o comentarista.
If the goal is to get more women to compete with men, isn’t having a league with free money only for women actively working against that goal?
— Semmler (@OnFireSemmler) December 22, 2021
Why compete with the men at all if you get a guaranteed payday in a far less competitive environment? #ggforall
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Para ele, a criação de um circuito exclusivo para mulheres aparece como uma opção válida apenas se o objetivo é realmente ter ligas separadas, sem pensar em uma integração entre os gêneros. “Se esse é o objetivo final, então esta é uma grande iniciativa e eu apoio totalmente”, disse.
Em resposta aos comentários proferidos por Semmler, Heather “sapphiRe” Garozzo, vice-presidente da Dignitas, disse que o objetivo não é criar um cenário cômodo para as mulheres, mas fazer com que elas se sintam mais incentivadas a seguir uma carreira profissional de Counter-Strike.
“O objetivo é fazer com que mais mulheres possam competir, seja com homens, contra homens, com mulheres, contra mulheres. No geral, não há mulheres competindo o suficiente, mas há mais mulheres que competem no Counter-Strike em outros jogos por causa de iniciativas como essa”, disse sapphiRe fazendo um possível paralelo com o VALORANT, que possui o Game Changer Series.
Acho que poderiam existir outras formas de introduzir a mulher no cenário de uma forma mais justa e competitiva, mas negar que esse passo dado pela ESL é importante para o cenário é estupidez. Você pode não concordar, mas ver algum tipo de movimento no sentido de ajudar a interação entre os gêneros do jogo é um passo muito grande e pioneiro como sempre foi o CS.
Ele ta certinho, e é a mesma coisa que penso, é da essência do ser humano querer o máximo possível fazendo o mínimo para conseguir, uma vez que terão isso não tem porque tentar competir no cenário geral, se agora tu tem sua própria série de camps que paga super bem.