Analista associa CS ao terrorismo em documentário e gera revolta

Resumo

  • A série Massacre na Escola – A Tragédia das Meninas de Realengo, presente no catálogo da HBO Max, gerou revolta ao associar Counter-Strike ao terrorismo;
  • A produção também menciona o conteúdo do YouTuber Henrique “Core” Maragon, afirmando que seu canal é “um prato cheio para aliciadores”;
  • O The Clutch buscou a HBO para um pronunciamento oficial, mas ainda não obteve uma resposta.

Massacre na Escola – A Tragédia das Meninas de Realengo, um documentário da HBO Max que aborda crimes reais, vem indignando a comunidade gamer. A produção menciona Counter-Strike como uma ferramenta militar e, além disso, acusa o criador de conteúdo Henrique “Core” Maragon de promover “A Disneylândia do aliciador”.

A série original da HBO aborda o caso da escola Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, Rio de Janeiro. Na ocasião, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola com dois revólveres, matou 12 alunos e deixou mais de 20 feridos. O atentado, que infelizmente levou à morte de crianças com idade entre 13 e 15 anos, ficou marcado como o primeiro assassinato em massa em uma instituição de ensino no Brasil.

Um trecho da produção investigativa cita Counter-Strike como uma ferramenta de treinamento militar que pode servir como arma de terroristas e ainda criminosos como o jovem que assassinou as crianças da escola Tasso da Silveira.

Além disso, o documentário menciona de forma negativa o criador de conteúdo Henrique “Core” Maragon. O analista diz que Core tem “o maior canal de conteúdo infantil que não é infantil”. Ele ainda alerta que seu canal no YouTube “é um prato cheio. A Disneylandia do aliciador”.

Através de seu perfil no Twitter, Core respondeu que seu conteúdo “não é para crianças”.

Ricardo Chagas, consultor educacional que participou do documentário, usou suas redes sociais para falar sobre a repercussão negativa da série. Ricardo conta que já recebeu uma ligação da HBO e reitera que é um cristão que acompanha o trabalho de Core há muito tempo.

Ele ainda diz que Core não foi convidado para participar da série por ser “irrelevante” e pede que o influenciador “não se faça de vítima” e que o seu público “não fique preocupado se ele [Core] vai atentar contra a própria vida”.

Jogos eletrônicos e a violência no mundo real 

Não é de hoje que o debate sobre a possível influência de jogos violentos, sobretudo os de tiro, acontece. Até mesmo o presidente Lula chegou a dizer que “os jogos estão ensinando a molecada a matar”.

Por outro lado, membros da comunidade apaixonada por jogos e esportes eletrônicos, se baseiam em estudos como o que foi publicado no jornal científico britânico Royal Society Open Science, que afirma que jogos como Call of Duty e GTA não deixam as crianças mais agressivas.

Personagens de GTA 5 (Imagem: Reprodução/Rockstar Games)

Além disso, a comunidade questiona a maneira como muita gente foca nos jogos, mas deixa de lado a violência exibida em produções como novelas, filmes e séries, e foca apenas em conteúdos presentes nos videogames.

O The Clutch procurou a equipe da HBO em busca de um pronunciamento diante da repercussão negativa da produção, mas a companhia ainda não se manifestou.

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