O ano de 2017 no cenário brasileiro de CS:GO foi marcado por uma série de conquistas da Team oNe. Os Golden Boys ganharam quase tudo que disputaram e ainda tiveram a oportunidade de enfrentar a SK Gaming duas vezes, uma pelo Encontro das Lendas e outra pelo classificatório local para a WESG 2017.
E se o time conseguiu resultados tão positivos, Victor “iDk” Torraca teve boa participação nisso. Com apenas 19 anos de idade, e há mais de um ano atuando pela T1, o jogador de enorme potencial respondeu a algumas de nossas perguntas e revelou como está sendo jogar com seus novos companheiros de time.
Notícias CS:GO: Conhecemos o iDk da Team oNe, mas além do codinome, quem é Victor Torraca?
iDk: É um garoto de 19 anos que está vivendo um sonho de criança! Quando era menor, via a galera toda jogando e sempre pensei que um dia poderia ser eu lá, e hoje estou aqui.
Quando você descobriu o Counter-Strike? A partir de que momento você passou a encarar o jogo como uma profissão?
Eu descobri quando tinha uns 13-14 anos e depois de um bom tempo brincando no CS, no meio do ano de 2016, que comecei a encarar como profissão.
Qual foi a maior dificuldade ao iniciar a sua carreira como pro-player no Brasil? O que você faria para melhorar o cenário nacional neste sentido?
A maior dificuldade foi me incluir dentro do cenário. Eu percebi que ele era muito fechado para novos jogadores. Hoje em dia eu daria oportunidade para os novos talentos que vêm surgindo. Acredito que dentro do Brasil tem muitos players bons que ainda não tiveram sua oportunidade.
A Team oNe é um dos times mais estáveis do cenário nacional, com poucas mudanças de lineup. Considera isso um dos diferenciais para vocês serem cotados como a melhor equipe do Brasil?
Claro, mas além das poucas mudanças que fizemos, acho que hoje nosso time tem os melhores jogadores do cenário nacional também.
Você disputou alguns campeonatos no exterior este ano. Quais as principais diferenças dos times lá de fora para os times brasileiros?
Cara, o que mais senti diferença foi a organização. Eles erram muito pouco e punem muito. Isso foi o que mais sentimos, porque aqui no Brasil fazemos muitas jogadas arriscadas ou até “erradas” que acabam dando certo e que lá fora é muito pequena a chance de dar certo. Em questão de skill individual, não senti nenhuma diferença.
Além disso, vocês jogaram recentemente duas séries MD3 contra a SK Gaming e uma contra a Immortals. Como foi jogar contra os melhores times do Brasil e que lições vocês conseguiram tirar destes confrontos?
Pra nós é sempre bom estar jogando contra os melhores, porque infelizmente no Brasil não é sempre que você tem esse tipo de oportunidade. As lições que tiramos…é de arrumar algumas coisas que achamos que estão dando certo contra times mais fracos, mas quando você joga em alto nível, elas acabam sendo falhas.
Recentemente bit1 e pava deixaram a equipe e para o lugar deles vieram caike e mch. Como essa troca influenciou no estilo de jogo da T1?
Cara, essa troca foi boa e ruim ao mesmo tempo. Quando era pava e bit tínhamos um estilo de jogo diferente, mais organizado e mais robótico. Com a entrada do caike e mch, o time ficou mais solto, passamos a jogar de uma maneira que usa mais a mira do que as táticas, que acho que foi um diferencial enorme, pois o time se adaptou muito rápido.
Como você enxerga o crescimento do CS:GO para o futuro? Acredita que poderá ser um profissional por muitos anos ainda?
Acho que o CS:GO só tem a crescer. Hoje em dia no Brasil não é visto como uma profissão pois é muito difícil viver dele, mas acho que com os passar dos anos temos tudo para que ele vire uma profissão. E vai ser até melhor para os times brasileiros, pois assim eles não vão precisar morar fora para ter tal investimento.
Dentro desse contexto, quais são os planos da Team oNe para 2018?
Então, aparentemente os nossos planos são se mudar para os Estados Unidos, começar do zero e ir conquistando nosso espaço aos poucos.
Matheus Italo é redator do Pratas do Global. Siga-os no Facebook.