As equipes brasileiras que atuam no cenário internacional tiveram um 2019 de altos e baixos, sem grandes conquistas e com muitas dúvidas sobre seu futuro. Confira um resumo de como foi o ano de INTZ, Team One, Sharks, MIBR e FURIA.
INTZ
A equipe brasileira começou o ano tendo no elenco: kNg, destiny, yeL, chelo, xand e Apoka como coach, ocupando no dia 14 de janeiro o 41° lugar no ranking da HLTV. O time ao longo do ano mostrou grande irregularidade e também passou por algumas mudanças, perdendo kNg para a MIBR e depois trocando destiny por boltz.
O auge da INTZ foi a classificação inédita para o StarLadder Berlin Major 2019, onde ganharam adesivos dentro do jogo. Além disso, o elenco conquistou vaga na Pro League de 2020, após vitória em MD5 contra a Riot Squad.
Assim, a equipe encerrou 2019 na 35ª colocação do ranking da HLTV e precisando se provar em 2020. Um dos objetivos da INTZ será uma vaga no ESL One Rio Major e, quem sabe, alguns títulos de menor expressão no cenário internacional.
Team One
O time brasileiro começou o ano com a seguinte escalação: bit, Maluk3, NIKOM, iDk, e trk. Ocupando o 51° lugar no ranking da HLTV, a equipe almejava a tão sonhada classificação para a Pro League a vaga no Major, porém acabou não conseguindo nenhum dos dois.
A T1 também passou por algumas mudanças, com NIKOM dando lugar para b4rtin e bld substituindo iDk, que voltou ao Brasil por problemas pessoais. Entretanto, o time não conseguiu emplacar resultados impactantes e acabou de fora dos maiores torneios do ano.
Com o fim da temporada, a equipe anunciou as saídas de bit e bld, deixando duas vagas em aberto no time. O elenco termina o ano ocupando o 117° lugar no ranking da HLTV, com muitas dúvidas sobre o que está por vir na próxima temporada.
Sua campanha em 2020 pode ser decisiva para a permanência da equipe nos EUA.
Sharks Esports
Os Tubarões começaram em alta 2019, com a escalação formada por nak, exit, leo_drunky, RCF e jnt. A equipe estava entre as 30 melhores do mundo (24° no dia 14 de janeiro).
Apesar da boa colocação, a Sharks teve uma primeira metade de ano conturbada e de resultados poucos expressivos, falhando em seu principal objetivo, que era garantir vaga no StarLadder Berlin Major.
Em seguida, o time se reformulou, se mudou de Portugal para o cenário norte-americano e fez alterações em sua escalação, trazendo os argentinos Meyern e Luken para o lugar da nak e RCF. Com as mudanças, a Sharks conquistou vaga nas finais da oitava temporada da ECS e da décima temporada da Pro League, as duas principais ligas de 2019.
Antes de finalizar o ano, a equipe ainda sofreu com uma baixa. Meyern se transferiu para a MIBR, deixando em aberto a vaga de quinto player.
Na última atualização do ranking da HLTV, os Tubarões ocupavam o 45° lugar.
MIBR
É preciso se esforçar para lembrar um bom momento vivido pela MIBR durante o ano de 2019. Com uma temporada desastrosa desempenhada por Gabriel “FalleN” Toledo e companhia, os próprios jogadores fizeram publicações no Twitter se lamentando após a última participação da equipe no ano.
Pior ano profissionalmente da minha vida 🥴
Ir pra casa, descansar, repensar e voltar pra 2020.
Obrigado quem torceu e desculpa pelo péssimo ano. 😓— Fernando Alvarenga (@fer) December 14, 2019
Sem nenhum título, o 2019 do elenco brasileiro foi marcado mais por saídas e entradas de jogadores. Entre elas está a polêmica despedida de Marcelo “coldzera” David em julho, logo após a eliminação da MIBR da IEM Chicago.
+ MIBR já teve 15 mudanças no elenco desde a volta da tag ao Counter-Strike
Dentre as muitas mudanças, a primeira ficou por conta da saída de João “felps” Vasconcellos, seguida de coldzera. Além disso teve a chegada e saída de Lucas “LUCAS1” Teles, a chegada de Vito “kNgV-“ Giuseppe e, mais recentemente, a adição do argentino Ignacio “meyern” Meyer. Ao todo, foram sete modificações na lineup.
Além de não ter conquistado nenhum troféu, a equipe também esteve longe de ter resultados expressivos. O terceiro lugar no pódio foi a melhor participação em competições. De resto, os torcedores se acostumaram em ver o time se despedir precocemente dos torneios.
Entretanto, apesar do ano conturbado, a MIBR ainda assim encerra 2019 como a melhor equipe brasileira no ranking HLTV, na 14ª posição.
FURIA
Melhor equipe brasileira no ranking da HLTV durante boa parte do ano, a FURIA encerra a temporada uma posição atrás da MIBR, em 15º lugar.
O time usou 2019 para mostrar de vez que chegou para ficar na elite do Counter-Strike. Com apenas uma modificação na lineup, a entrada de Henrique “HEN1” Teles, a FURIA conseguiu conquistar um título e brigar pelo topo em diversas competições no decorrer da temporada.
Na ECS Season 7 Finals, uma de suas principais atuações no ano, a equipe chegou a eliminar a Astralis em uma MD3 nos playoffs, mostrando que não estava a passeio no ranking de melhores equipes do mundo. No final, terminou em 2º lugar, perdendo para a Team Vitality na decisão.
Apesar do único título da equipe no ano ter sido o Arctic Invitational, atuações convincentes durante o primeiro semestre mostraram todo o potencial do quinteto. Contudo, os Furiosos tiveram um último trimestre de se esquecer, principalmente a partir do classificatório para a ECS Season 8, onde acabaram não conquistando a vaga.
Desempenhos fracos durante DreamHack Master Malmo, DreamHack Open Winter, cs_summit 5 e, por último, na Champions Cup Finals, ocasionaram uma grande queda no ranking. Além disso, dúvidas sobre o real potencial da equipe começaram a surgir.
Para 2020, a FURIA terá como objetivo voltar ao tier 1 mundial, onde já mostrou que pode bater de frente com os maiores elencos do mundo.