Nos últimos anos, poucos imaginavam que os esports teria um crescimento tão grande não só no Brasil, mas também ao redor do mundo. Mesmo questionada diversas vezes pelas mais variadas esferas da sociedade, a modalidade esportiva foi ganhando cada vez mais força e se tornou, para muitos, uma profissão a ser seguida.
Entretanto, é sempre bom ficar atento aos bastidores, pois se tratando de uma profissão, existem contratos e cláusulas a serem cumpridas, como acordo de premiação, multa rescisória, direitos de imagem, dentre outros mais.
+ CS:GO: KennyS diz que elenco titular da G2 não está definido
+ VALORANT: Fire Angels conquista a primeira edição do Girl Pwr
Na última sexta-feira (30), o jogador Marcelo “Riyev” Carrara publicou em seu Twitter uma história que mostra a importância de entender como é elaborado um contrato de trabalho, principalmente de jogadores profissionais. Isso porque, segundo ele, a ausência de alguém o auxiliando na hora de firmar o acordo fez com que assinasse um contrato nada favorável em 2018 junto à KaBuM! e-Sports.
acabei trollando no meu contrato com a kabum e perdi toda premiação do msi/riftrivals/worlds porque tava escrito que toda premiação era da org. O que não é bom para player tá ligado. Mas não adianta chorar o leite derramado agora, então pelo menos, usarei essa experiencia para+
— Marimbondo (@riyevlol) October 30, 2020
Procurada pela redação do The Clutch Esports, a KaBuM! se pronunciou quanto ao caso envolvendo Riyev: “Informamos que todas as obrigações legais, a exemplo de cláusulas de premiações e direitos acordados durante a vigência do contrato do jogador, foram devidamente cumpridos pela organização, assim como o regulamento da Riot”.
O caso é bastante semelhante ao de Turner “Tfue” Tenney. O jogador e streamer de Fortnite processou a FaZe Clan em maio de 2019, alegando que a organização limitava a sua “capacidade de exercer sua profissão”. Segundo ele, a FaZe estava lhe impedindo de conseguir oportunidades lucrativas de acordos comerciais devido ao contrato que o mesmo assinou em abril de 2018, quando tinha 20 anos.
Além disso, o streamer afirmava ter direito a apenas 20% da receita gerada por qualquer vídeo patrocinado em seu Twitch, YouTube ou mídias sociais e a metade de seu cachê de turnês e aparições públicas.
Em resposta, a FaZe afirmou estar “chocada e desapontada” com as ações de Tfue e que arrecadou apenas US$ 60 mil da parceria com o jogador, enquanto ele “ganhou milhões de dólares como membro da organização”. Fora isso, a FaZe desmentiu a versão do norte-americano sobre as porcentagens no lucro, dizendo que ficava com apenas 20% do faturamento, enquanto 80% deste valor era destinado ao jogador.
No mês de agosto, tanto Tfue quanto a FaZe entraram em um acordo frente à justiça da Califórnia.
Mas, independentemente de quem esteja certo ou errado, é muito importante que um jogador profissional fique sempre atento aos termos com os quais está para assinar, a fim de evitar “surpresas” no futuro. Por isso, um auxílio jurídico é fundamental para evitar transtornos futuros.