Em carta aberta enviada ao senado, a Riot Games (desenvolvedora do League of Legends) e a Ubisoft (do Rainbow Six Siege) formalizaram apoio à senadora Leila Barros (PSB-DF) para dar continuidade aos debate referente à regulamentação dos esportes eletrônicos no Brasil.
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Entenda a situação
Anteriormente, a comissão de Esporte aprova projeto de regulamentação dos esports no Brasil, com o objetivo de fomentar novos atletas para o cenário competitivo. Entretanto, no meio desses debates, as questões relacionadas no que diz respeito aos esports, nenhuma empresa estava envolvida até então.
Segundo algumas medidas do projeto de lei, a PLS 383/2017 diz, no artigo 4º, que o “esporte eletrônico será coordenado, gerido e normatizado por ligas e entidades nacionais e regionais de administração do desporto”. Além disso, um parágrafo único ainda complementa: “os entes referidos no caput poderão ser organizados em federação e confederação”.
Sendo assim, a Riot Games e a Ubisoft emitiu uma carta aberta declarando apoio à senadora Leila Barros para retomar o debate sobre a regulamentação dos esports.
Confira na íntegra:
A Riot Games e a Ubisoft, desenvolvedoras de games e organizadoras de alguns dos mais importantes torneios de esportes eletrônicos do Brasil e pioneiras no investimento, fomento e coordenação do cenário de esportes eletrônicos no Brasil e no mundo, gostariam de oficializar o apoio à senadora, que tem se manifestado à favor de uma audiência pública para debater o PL 383/2017. É de nosso entendimento ser indispensável abrir essa possibilidade de discussão a todos os envolvidos nesse ecossistema (desenvolvedores, organizadores, jogadores profissionais, clubes e torcedores) para que uma futura regulamentação acerca dos esportes eletrônicos seja condizente com o emergente e cada vez mais relevante cenário brasileiro.
É importante ressaltar que, diferente dos esportes tradicionais, os esportes eletrônicos possuem características particulares, como o direito garantido por lei sobre a propriedade intelectual das desenvolvedoras e publicadoras, que hoje são responsáveis pela atualização, manutenção e suporte de seus jogos. Essas empresas também investem no cenário esportivo eletrônico sob a forma de criação de infraestrutura e organização de torneios, transmissão de conteúdo, bem como fomento e apoio aos times e jogadores, suportando todo um ecossistema que gera milhares de empregos indiretos e movimenta a economia, tudo isso fazendo parte de uma esfera singular que não se assemelha à esfera contemplada na normatização que hoje rege os esportes tradicionais. Acreditamos que temos a oportunidade de construir juntos um cenário de regulamentação bem fundamentado que leve em conta as especificidades dos esportes eletrônicos e, nesse sentido, nos colocamos à disposição para colaborar com esta discussão tão importante para o mercado e para o Brasil.
Conhecedores do compromisso e empenho de V. Exa. para com esse projeto de lei e a sociedade civil brasileira, aproveitamos o ensejo para renovar nossos votos da mais alta estima e consideração.
Atenciosamente,
Riot Games – Roberto Iervolino, Gerente Geral no Brasil
Ubisoft Entertainment – Bertrand Chaverot, Diretor Geral na América Latina