Cartéis usam Free Fire e GTA para recrutar jovens para o narcotráfico

Foto: Reprodução/Garena

Uma reportagem publicada pela Forbes nesta semana revelou que cartéis de drogas do México estão utilizando jogos populares como Free Fire e Grand Theft Auto (GTA) para recrutar jovens para trabalhar para o narcotráfico da região.

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Informações apresentadas pelo jornal apontaram que o governo dos Estados Unidos e do México começaram a reunir evidências onde apontam que jogos de sucesso se tornam ponte entre os membros do tráfico e os jovens.

Em novembro do ano passado, um jovem foi preso ao tentar entrar com 60 kg de metanfetamina no Arizona, nos Estados Unidos. Durante a entrevista com a polícia, ele revelou que conheceu um homem chamado “George” no GTA, antes de começarem a conversar no Snapchat.

O homem é suspeito de fazer parte do narcotráfico do México e perguntou ao jovem se ele gostaria de trabalhar enviando eletrônicos do México para os Estados Unidos. Para isso, receberia US$ 2 mil por viagem, dependendo do tamanho da carga.

De acordo com a Forbes, esta não foi a primeira vez que jovens presos relataram que foram “contratados” por meio de um jogo. Em outubro do ano passado, a polícia da cidade de Oaxaca revelou que três menores foram detidos por serem tidos como “vigias” dos cartéis. Eles revelaram à polícia que foram contratados por um homem no Free Fire.

“As crianças receberam cerca de US$ 200 por semana como vigias do cartel. Na época, também foi relatado que os indivíduos alegavam pertencer a várias equipes de narcóticos”, revelou a Forbes.

Esta, inclusive, não é a primeira vez que aparece relatos de cartéis mexicanos se aproveitando de jovens em Free Fire. Em outubro de 2021, três menores com idades entre 11 e 14 anos foram resgatados das mãos de criminosos após familiares irem à polícia registrar os desaparecimentos. Eles estavam trabalhando de olheiros para o tráfico, recebendo 16 mil pesos mexicanos mensais.

A história começou quando um criminoso conquistou a confiança de um dos jovens após jogar por semanas com ele. Em seguida, fez uma oferta para trabalhar no cartel, monitorando frequências de rádio. “Já que gosta muito de armas, irá ganhar muito dinheiro”, disse o narcotraficante.

O menor, então, aceitou a proposta e ainda convenceu dois colegas de escola a ir junto com ele. Os três foram resgatados pela polícia dias depois, que utilizou do próprio Free Fire para localizar os jovens.

O caso ganhou grande repercussão no México, com o subsecretário de Segurança Pública, Ricardo Mejía, emitindo um alerta em rede nacional aos pais de crianças sobre os perigos que jogos online e redes sociais podem conter.

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