Agora em definitivo nas franquias do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL), a Los Grandes concedeu uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (10) para falar sobre os processos de entrada para a principal liga do MOBA no país. Para responder as perguntas, estavam presentes Rodrigo “El Gato” Fernandes e Rodrigo Terron, dirigentes da Onda Laranja.
Terron comentou sobre o processo de expansão da Los Grandes, que já tem presença em outras modalidades da Riot Games, como Wild Rift e VALORANT. Segundo ele, a expectativa é trazer ainda mais jogos para a organização.
“Eu brinco que quando cheguei na organização, olhei para os números, olhei para o cenário. Não vim do game, né. Então, hoje eu já conheço um pouco pela intensidade que vem se desenvolvendo [na Los]. Mas quando cheguei, criei uma relação muito legal com a torcida, de ouvi-los, de vê-los com vontade de vencer, de ver uma Los Grandes muito grande. O El Gato sempre fala que quanto mais a gente conseguir dar Los Grandes para as pessoas torcerem, melhor”, disse o dirigente.
Além disso, ele destacou que graças às experiências nas outras modalidades de esports, o processo de adaptação no CBLOL tende a ser mais tranquilo. Fora isso, a Los desenvolveu um bom relacionamento no ecossistema da Riot, graças à presença nos outros títulos da publisher.
“Todo processo de adaptação tende a ser um pouco complexo. No final do ano passado, quando entramos no CS:GO, já foi um desafio muito grande. Quando entramos no VALORANT e no Wild Rift, viemos com um time competitivo e foi muito desafiador. A gente começou com tudo ao mesmo tempo em janeiro, mas hoje sentimos tranquilidade. Temos investido muito em staff, profissionais experientes com uma bagagem muito grande”, contou Terron.
“Aprendemos muito com todo esse processo. O LoL, agora, tende a ser até um pouco mais simples. Se fosse antes do Wild Rift ou do VALORANT seria difícil, mas a gente se conectou bastante aos processos da Riot. A forma de comunicação, a dinâmica de agenda. Uma outra coisa legal foi que quando eu cheguei, fui buscar apoio de outras organizações. Rapidamente comecei a buscar o contato delas, os diretores responsáveis e tive muita ajuda, foi fundamental”, complementou.
Expansão da rivalidade LOSLOUD
Logo na estreia do 2º Split do CBLOL, a Los Grandes (ainda com o nome Flamengo Los Grandes por questões contratuais), terá pela frente um rival conhecido de outras modalidades: a LOUD. Para El Gato, o confronto entre as equipes sempre será um show a parte.
“Eu sempre falava para o Terron: ‘onde a LOUD entrar, vamos entrar melhor’. É um show de torcida. O primeiro jogo que a LOUD entrou foi o Free Fire e a Los Grandes também. Então, essa rivalidade de lá vem muito forte, pois éramos um nome muito grande por lá”, disse o dono da Los Grandes.
“Quando a gente partiu para outros jogos, essa rivalidade acompanhou também. Foi assim no VALORANT Champions Tour. Foi um show! Perdi grana, mas faz parte [risos]. Agora vem essa estreia no CBLOL. Acredito que com as mudanças que a gente fez, todos estão motivados e será um show a parte, como sempre é. Mas esse tem um gostinho especial, pois a galera tá querendo ver esse show da nossa parte no CBLOL, vendo a gente chegar bem”, completou El Gato.
Já Terron, fala da boa relação com os dirigentes da LOUD e destaca o clima amistoso entre as partes.
“Uma coisa muito legal que sempre falo, quando cheguei, a LOUD foi uma das organizações que mais nos apoiou. O Jean várias vezes falava: ‘Sempre soube que a Los Grandes ia conseguir ir para um lugar legal’. Então, é uma rivalidade até legal. Durante os jogos a gente acaba trocando farpas, mas no fim acaba sendo saudável. Existe respeito entre as partes”, revelou.
Terron, inclusive, comentou sobre parte das pessoas que levam as coisas para o lado da toxicidade. Ele, no entanto, acredita que as torcidas estão aprendendo a levar as coisas de maneira mais amistosa, além de mencionar possíveis novas rivalidades futuras.
“Tinha uma parte um pouco mais tóxica, que quer brigar, mas a torcida vai aprendendo a respeitar e levar a competitividade para dentro do jogo. A gente, como organização, não quer ver um show de horrores e sim o jogo como campo de batalha. E agora, abre as perspectivas para novas rivalidades”, contou o dirigente.