Alienware encerra parceria com a Riot após acusações de assédio envolvendo CEO da desenvolvedora

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Foto: Riot Games

Segundo reportagem feita pelo Dot Esports, a Alienware, divisão gamer da Dell Computer, encerrou sua parceria global com a Riot Games no League of Legends (LoL). O motivo seria as acusações de abuso sexual envolvendo Nicolo Laurent, CEO da desenvolvedora.

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De acordo com fontes próximas ao portal, a Alienware citou preocupação com a imagem pública da Riot em meio às alegações de assédio e outras controvérsias envolvendo seu maior executivo. A parceria entre Riot Games e Alienware expiraria em janeiro de 2022.

“A Alienware é uma parceira valiosa da Riot desde janeiro de 2019. Não podemos comentar nosso acordo com eles neste momento devido às obrigações de confidencialidade. À medida que continuamos as discussões com eles, removemos sua marca de nossas transmissões”, informou a Riot em comunicado ao Dot Esports.

Entenda o caso

Sharon O’Donnell, antiga assistente do CEO da Riot Games, abriu um processo contra Nicolo Laurent por conta de conduta sexual imprópria e discriminação de gênero. De acordo com o relato de O’Donnell, o executivo comentava sobre sua aparência e discutiu uma vez sobre o tamanho da própria cueca. Além disso, ele também a convidou para sua casa enquanto a esposa estava fora.

Segundo a assistente, as recusas nas investidas do CEO as fizeram ser demitida da Riot em 2020. Por conta disso, a ex-funcionária também está processando a empresa na justiça. Contudo, a Riot informou que a profissional “foi demitida há mais de sete meses com base em várias reclamações bem documentadas de uma variedade de pessoas”.

O caso de assédio exposto por Sharon O’Donnel é mais um dos muitos que a Riot vem enfrentando desde 2018, quando o site Kotaku relatou sobre a cultura de discriminação sexual presente na empresa. Em maio do ano seguinte, mais de 100 funcionários da desenvolvedora protestaram sobre as soluções arbitrárias encontradas pela empresa para lidar com os processos de assédio sexual.

No mesmo ano, o The Los Angeles Times trouxe a público que a Riot Games iria pagar US$ 10 milhões em um processo aberto por mil funcionárias da empresa contra discriminação de gênero. Contudo, em janeiro do ano passado, a justiça americana permitiu que a desenvolvedora movesse casos individuais.

Polêmica NEOM

Ano passado, a Riot também se envolveu em uma outra polêmica, ao fechar parceria com o projeto NEOM, da Arábia Saudita, para a LEC (liga europeia). A entrada do patrocinador gerou indignação por parte da comunidade e da equipe de transmissão, fazendo com que a Riot Games voltasse atrás e encerrasse o acordo dias depois.

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