LoL: O fabuloso conto do “Se fosse tal time, seria diferente”

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Ho Chi Minh City, Vietnam – May 5: — during the 2019 League of Legends Mid-Season Invitational Play-In Stage at GG Stadium on May 5, 2019 in Ho Chi Minh City, Vietnam. (Photo by David Lee/Riot Games)

Não há como negar as grandes ambições que o Flamengo tem demonstrado para a comunidade de League of Legends. Os entusiastas do cenário competitivo brasileiro, por um momento, se viram com grandes esperanças de serem bem representados. Porém, este sonho logo desmoronou em apenas uma série melhor de cinco, quando a INTZ venceu o Flamengo.

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Ambição encerrada após cinco jogos

Com o título da primeira etapa do CBLoL 2019, os intrépidos conquistaram o direito de representar o Brasil no Mid-Season Invitational. Entretanto, muitos discordaram do resultado dessa final. Para alguns, mesmo que o Flamengo tenha perdido aquela série, eles seriam os melhores representantes brasileiros no MSI. Mas como afirmar esse tipo de coisa, de uma equipe que dominou a fase regular e acabou derrotada na decisão?

Tudo bem, os caras fizeram uma campanha história, quebraram recordes, apresentaram ótimas partidas, mas o psicológico atrapalhou – e muito – o Flamengo, que viu toda a sua campanha se dilacerar em apenas cinco jogos. Eu mesmo me convenci de que eles seria um bom representante no exterior, mas a lógica é: só joga o MSI/Mundial aquele que ganha o campeonato regional (em específico para equipes do play-in).

É claro que não podemos isentar a INTZ por ter cometido erros em seus primeiros dois jogos no MSI, mas não significa que “com o Flamengo tudo seria diferente”, até porque eles não estão lá para provar isso. Infelizmente, este foi o discurso mais ilusório da história – até que se prove o contrário – do cenário brasileiro de League of Legends.

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Comparação com regiões grandes

Outra coisa que também incomoda de certo modo, é a forma como as pessoas comparam o Brasil com regiões Major, como por exemplo a América do Norte. Não se têm parâmetros suficientes para comparar uma região Minor com uma Major. Para se ter noção, se colocarmos na balança, o Brasil de um lado e o Vitenã do outro, este segundo terá peso maior.

Dificuldades e a vontade de serem os melhores

Apesar desta região não ter tantos investimentos, ainda sim há uma ambição de querer ser grande. Em 2017, eu assisti a um documentário feito pelo LoL Esports sobre a Marines (em inglês), onde contava um pouco sobre a equipe que assombrou o cenário de LoL naquele ano.

No vídeo, o atirador Slay citou as dificuldades em que viveu quando jogava pela Saigon Jokers e citou casos onde as condições para treinamento dos jogadores não eram boas e que, diferente de ligas como a Coreia, por exemplo, que possuem grandes estruturas, alimentação e suporte para os jogadores, para eles isso era algo distante. Mas ao entrar para a Marines, ele finalmente se viu em um ambiente mais adequado para trilhar seu caminho.

Muitos quando perguntados “qual foi a melhor participação brasileira em palcos internacionais”, dizem: paiN Gaming (2015) e a INTZ (2016). Ambas as equipes, apesar de underdogs no Mundial, puderam mostrar um pouco de seu valor.

Um vídeo recente no canal do Kami, que estava representando o Brasil em 2015, conta como era a preparação deles no torneio. Para o ex-jogador da rota do meio, as chances de surpreenderem ou fazerem jogadas mais criativas eram melhores porque não haviam grandes expectativas – exceto pela torcida brasileira – com sua equipe em relação as demais.

Em outras palavras, se realmente querem fazer nome no exterior, provar que são mais do que podem ser, se provem.

Antes de finalizar esta crítica, fica uma pergunta para todos que estiverem lendo: quando a nossa região finalmente será ambiciosa?

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