O mais novo título da Bungie (de Destiny 2 e Halo), agora sob o selo da Sony, Marathon está atualmente em alfa fechado. Esse teste já deixa claro que ele não quer ser apenas mais um jogo de tiro e extração no mercado.
À primeira vista, Marathon chama atenção pelo visual. Altos contrastes, abundância de figuras geométricas e um ar retrô-futurista podem até dividir opiniões, mas a autenticidade é inegável. Bonito ou exótico, o novo jogo da Bungie tem uma identidade visual que o diferencia de outros títulos do gênero. No entanto, ser descolado não basta, e a Bungie sabe bem disso.
Marathon é uma experiência viciante
Marathon tem um excelente combate, com uma das gunplays mais prazerosas que já experimentei. O jogo instiga o jogador a atirar, usar suas habilidades e explorar ao máximo a mobilidade do personagem.
Em um estilo tradicionalmente maçante como o dos jogos de tiro e extração, onde repetição e frustração fazem parte da receita, esse combate fluido e cadenciado na medida certa se destaca como o ponto mais forte do game até aqui.
Dentro do jogo, os jogadores formam trios e, durante partidas de 25 minutos, devem explorar o mapa em busca de itens valiosos. Para isso, além de lidar com os players adversários, precisam enfrentar uma IA que, em muitos casos, é bastante desafiadora.
O jogo também conta com um sistema de facções. Até o momento, são seis, e é preciso concluir contratos dentro das partidas em troca de melhorias, como mais agilidade na hora de vasculhar itens ou até mesmo mais espaço no cofre.
De cara, essas missões parecem simples, com objetivos do tipo derrotar determinados inimigos ou baixar dados de um terminal em algum ponto do mapa, mas é preciso lembrar que há todo um ecossistema hostil à sua espera. Trabalho em equipe e comunicação são fundamentais.
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Inicialmente, o jogo, com lançamento oficial previsto para 23 de setembro deste ano, contará com seis personagens. Destes, quatro estão disponíveis no teste alfa. Particularmente, gosto do visual deles.

Durante as pouco mais de 25 horas jogando, confesso que não larguei a Glitch, mas presenciei momentos em que o trabalho em equipe e o uso de habilidades de personagens distintos foram a chave para extrair com sucesso.
O jogo me conquistou e, por isso, sigo ansiosa pelo lançamento oficial. Com sua direção de arte impressionante e um combate realmente prazeroso, ele cria uma dinâmica que me faz acreditar que a próxima run será sempre mais promissora e divertida. É um ciclo do qual não me vejo fora.
O que pode dar errado?
A versão alfa de Marathon tem pouco mais de 5 GB e ainda está longe de oferecer a experiência prometida pela Bungie. Os desenvolvedores garantiram melhorias visuais significativas, o que é extremamente necessário. A parte externa dos mapas está muito crua e o som do jogo também precisa de mais atenção.
Quanto ao preço, a expectativa é que fique entre R$ 150 e R$ 200 no Brasil. Realmente espero que seja a primeira opção, pois o valor é um aspecto importante nesse estilo de jogo, ainda mais em um gênero onde existem diversas opções gratuitas.

Minha maior preocupação, no entanto, é com a saúde do jogo. Perder o loot faz parte da proposta e da frustração natural do gênero tiro de extração, mas isso, somado a um número excessivo de trapaceiros, pode ser sinônimo de fracasso.
Marathon tem um bom destino pela frente, mas cabe à Bungie fazer jus a esse potencial.