Principal equipe do Brasil, a FURIA não começou 2024 com resultados positivos. O time foi eliminado precocemente do IEM Katowice, e após a participação na LAN, os jogadores tiveram uma reunião sobre o que seria necessário fazer para voltar a vencer.
A conversa foi gravada e publicada em um vlog no canal da FURIA no YouTube. Os destaques vão para as falas de Nicholas “guerri” Nogueira e Gabriel “FalleN” Toledo, que elencaram os pontos que os Panteras precisam melhorar.
“A minha resposta para a nossa derrota de ontem é trabalho, é dedicação. Tentar entender o que o chelo está precisando, olhar para o Yuurih e pensar a mesma coisa, para o arT a mesma coisa. Essa é a minha decisão. A minha visão é: ‘Como que eu continuo me dedicando?’ Como que eu continuo ajudando todo mundo?”, disse guerri.
Na opinião do Verdadeiro, a FURIA vem errando ao deixar toda a responsabilidade em cima do arT, ao invés dos jogadores compartilharem o compromisso da liderança.
“Acho que quando a gente passou a peteca para o arT, a gente focalizou toda a responsa, que precisa estar em alguém, numa pessoa só na hora de capitanear. Aí eu assumi esse papel de ajudar nas causas, mas não ser o responsável por elas”, apontou FalleN.
“O arT ficou muito doente durante o Elisa. Daí exigiu um ‘step up’ de todo mundo, não só meu, mas de vocês também. Não é ciência de bolo. Você vai fazendo alguns movimentos ali, vai se sentido mais parte [do time], vai se sentindo colaborativo, mais ouvido, e as coisas vão acontecendo. Essa parte de comportamento no campeonato Elisa foi muito bom”, complementou.
Além disso, FalleN contou que a equipe não se preparou como deveria para o IEM Katowice e que não aplicou o que foi treinado nos jogos oficiais.
“Teve pistols que a gente praticou que a gente não rodou no campeonato e rodamos algumas outras versões. ‘Ah, FalleN, mas foi isso que perdeu o campeonato?’ Esquece o resultado, galera, é sobre as nuances pequenas. Alguém que começa fazendo uma coisa que não foi o que treinou, alguém que já está meio desconfortável, e a coisa vai snowballando”, comentou.
Por fim, o AWPer propôs uma mudança de filosofia na hora do treino: “Se vocês concordarem, a gente precisa treinar com o objetivo um pouquinho maior do que só ganhar um mapa. Quando a gente fica lá e treina só um tipo de pistol, ou quando treinamos só três ou quatro variações estratégicas, estamos nos preparamos para fazer um jogo muito bom, como foi contra The Mongolz, que era para a gente ter ganhado”.
“Mas será que durante os treinos a gente não poderia ter feito 50% a mais? Para a gente ter mais umas duas ou três [estratégias] dessas pra gente colocar em mais um mapa?”, questionou o Verdadeiro.
Assim, visando os próximos torneios, FalleN sugeriu um novo método de treinamento para a FURIA, no qual a equipe deveria passar a fazer anotações sobre o que eles gostariam de melhorar ou acrescentar no treino e ir completando a lista aos poucos.
O próximo compromisso da FURIA será o closed qualify sul-americano para o IEM Dallas, e na sequência a equipe volta a se apresentar presencialmente no RMR Americas para o PGL CS2 Major Copenhagen, que acontece em março no México.