Casters se recusam a transmitir BLAST após parceria com a NEOM

Divulgação/BLAST

A parceria da BLAST com a NEOM, cidade futurista que está sendo criada na Arábia Saudita, tem gerando diversas críticas da comunidade e parece ter afetado a equipe de transmissão dos eventos. Isso porque Vince Hill, Frankie Ward, Harry Russell e Hugo Bryon anunciaram que estão deixando o time de apresentadores após o patrocínio da empresa Saudita.

Por meio das redes sociais, o grupo de narradores e comentaristas da competição falaram abertamente sobre a decisão tomada pela BLAST. No Twitter, eles fizeram duras críticas à empresa e citaram o fracasso histórico de direitos humanos do governo da Arábia Saudita, além de abusos e tratamento desumano às pessoas do grupo LGBTQ+.

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“BLAST e NEOM é uma desgraça para a marca BLAST. Uma organização que conheço e é cheia de pessoas maravilhosas, talentosas e amorosas. Me junto aos meus amigos e colegas dizendo que não vou trabalhar com a BLAST enquanto esta parceria se mantiver”, disse Harry.

Única mulher na equipe de casters da BLAST, Frankie Ward foi dura nas palavras, dizendo que o acordo é “uma oportunidade de nos educar para que não trabalhemos mais com pessoas que matariam nossos amigos”.

“Lamento àqueles que se decepcionaram no passado pelas minhas escolhas de trabalho. Então, agora, vou olhar para frente, ser melhor e fazer as escolhas certas”, finalizou Frankie Ward no Twitter.

LEC rompe parceria e acusações da ONU

Além da BLAST, a League of Legends Championship Series da Europa (LEC) também havia anunciado parceria com a NEOM. No entanto, após sofrer duras críticas da comunidade, a liga revelou que estaria rompendo o acordo. O fato aconteceu apenas 15 horas depois de revelar o patrocínio da cidade.

De acordo com o jornal The Guardian, a Arábia Saudita enfrenta diversas acusações da ONU. Entre elas a de violar os direitos humanos das comunidades vizinhas ao local do NEOM. Isso porque o governo Saudita teria destruído diversas cidades e expulsado os moradores das terras para que o projeto fosse realizado.

Outro ponto levantado pela ONU é que a Arábia Saudita estaria reprimindo violentamente e assassinando os principais líderes de protestos contra o NEOM.

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