Gaules critica mudanças na FURIA antes do Major: “É quase que se sabotar”

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Foto: Stephanie Lindgren/BLAST

Por que a FURIA terminou o BLAST.tv Paris Major 2023 com nenhuma vitória e eliminada ainda no Legends Stage? Essa é a pergunta que a comunidade vem fazendo deste domingo (14), mas ainda sem resposta. Na opinião de Alexandre “Gaules” Borba, o maior problema apresentado pela equipe no último mundial do CS:GO foi a decisão de mudar radicalmente a forma de jogar antes do campeonato.

“Eu estou frustrado porque eu vi a FURIA não ir para o Major; se classificar e ser eliminada na 1ª fase; se classificar e chegar na 2ª fase; chegar nas quartas de final; nas semifinais e, quando eu falo ‘caralho, vou ver a FURIA na final’, o ‘carro’ é outro. Quando era para chegar lá, foi outra coisa. Qual a chance disso dar certo? Isso é quase que se sabotar”, afirmou em live após a derrota dos brasileiros para a G2.

O maior influenciador de CS:GO do mundo destacou também o clima dos jogadores após a derrota que culminou na eliminação: “Quando você olha o clima que está, o cara fala ‘nós nos sabotamos. Olha onde estávamos, para onde estávamos indo e olha para o que está rolando’. Esse clima tem uma única explicação: o jogador olha, sente que não teve o momento mais simples que é de como arrumar a situação. Esses cinco jogadores com o guerri já jogaram campeonatos, já chegaram lá e eliminaram a G2. Volta três passos e faz o que você está fazendo antes para, para pelo menos, no último Major, você ganhar ou perder fazendo o que você estava tentando fazer, aquilo que te colocou no fim da escada. Agora, do jeito que vai, você desmorona da escada”.

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Gaules criticou também a liberdade que os jogadores vêm recebendo nas decisões do time dentro do jogo, o que gera a sensação de não haver mais um responsável in game apesar do time possuir um IGL. “Dentro de uma competição, você precisa ter um responsável, que precisa ser claro para todo mundo. Se tiver um problema nesse mapa, em tal lugar, o problema é de quem? Não é depois, não é amanha e não é assistindo a demo. Você tem que saber na hora, porque tem que ter um culpado. Se um navio bate, a culpa é de quem? É da porra do capitão”, destacou.

“A partir do momento que você está quase ‘chegando na ilha do tesouro’, você precisa fazer alguns pequenos ajustes e, de repente, você muda praticamente tudo. Esse cara que coloca essa proposta e ele acha o tesouro, ele não é gênio, é sortudo. Me desculpa, mas não consigo entender. Às vezes é um ajuste no freio, no pneu, no câmbio e você até pode falar que é um ajuste no motor, mas você não pode trocar o carro inteiro, como o carro funciona, porque isso vai te deixar sem saber se esse carro é o melhor do mundo ou o pior da competição”, completou.

Campeã do RMR Americas, a FURIA entrou no BLAST.tv Paris Major diretamente no Legends Stage. Contudo, pela primeira vez na história da equipe em mundiais, o time alvinegro terminou uma edição sem vitórias, perdendo em sequência para Monte, NIP e G2. Essa foi a primeira vez que o Brasil terminou a 2ª fase 0-3 e também a segunda vez que o país não terá um time nos playoffs desde que começou a participar dos Majors, em 2015.

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