Entrada de novas organizações impulsiona novamente o CS:GO

Há bem pouco tempo, os fãs de CS:GO passaram por épocas marcadas por uma monotonia de grandes instituições entrando no cenário. Recuando mais os anos, houve tempos ainda piores, quando o jogo atingiu um número de jogadores relativamente baixo.

O aparecimento de novos jogos como PUBG e Fortnite contribuíram para o “esquecimento” do CS. Além disso, também houve a aparente indiferença da Valve com o Counter-Strike sem qualquer update e operação durante bastante tempo. A mesma, posteriormente, corrigiu alguns erros lançando vários updates e ouvindo, em bastantes ocasiões, o que a comunidade tem para dizer. Depois do procedido, o jogo voltou a ter número de jogadores bastante altos.

Porém, agora, vivemos tempos prósperos no que diz respeito à entrada de novas organizações no cenário de Counter-Strike. Todavia, qual a razão para a entrada destas grandes organizações num jogo que não é nenhuma novidade? De que forma podem os jogadores e o cenário mundial se beneficiarem deste processo?

Quais organizações decidiram apostar no CS:GO?

Após o Major de Berlim, em setembro do ano passado, temos visto algo incrível para a comunidade, que é a entrada de bastantes organizações no cenário. Isso começou um grande nome: Evil Geniuses. A tag sempre se destacou em outros jogos, inclusive no 1.6, mas no CS:GO ainda não tinha deixado a sua marca.

A EG adquiriu a lineup da NRG, que era um dos melhores quintetos no mercado, devido ao seu exponencial crescimento em 2019. Foi com a tag da Evil Geniuses que o time liderado por Stanislaw atingiu o top 1 do ranking da HLTV.

Evil Geniuses ao vencer o ESL One New York (Foto: ESL)

Finalmente Nadeshot encontra um time para a sua organização

Em seguida, houve a tão prometida entrada da 100 Thieves. Não era novidade a vontade de Nadeshot, CEO da organização, de entrar no CS, mesmo após a tentativa falha em 2017 com a equipe brasileira constituída por Lucas1, Hen1, kNgV-, bit e fnx.

Assim, a 100T decidiu apostar no time australiano que levava o nome da Renegades, que tinha ido bem no Major e estava surpreendendo durante o ano de 2019. Sob o desígnio da nova organização, a lineup continuou indo bem, chegando à final do IEM Beijing, onde perdeu para a Astralis.

A Renegades, por sua vez, não perdeu tempo e contratou o elenco que atuava pela Grayhound, permanecendo com um time composto por jogadores australianos. Uma boa aposta por parte da organização norte-americana, já que o quinteto tem muita margem de progressão, contando com alguns bons jogadores que a curto prazo podem subir o seu rendimento.

Campeões do The International se aventuram no CS

Posteriormente, a OG Esports construiu um time europeu com alguns jogadores que estavam no banco de outras equipes. Aleksib era um dos nomes mais desejados do mercado e a OG conseguiu contar com o IGL finlandês, assim construindo um time a sua volta. Valde, que era a estrela da North, finalmente conseguiu sair do time dinamarquês e teria a oportunidade de se apresentar em “palcos maiores”. Issa e NBK estavam no banco de seus times e mantuu juntou-se também ao lineup, depois de tentativas falhas de Jamppi e poizon.

A OG é patrocinada pela Red Bull e destacou-se pela conquista de torneios “The Internacional” de Dota2 nos anos de 2018 e 2019 e tem agora a oportunidade de deixar a sua marca no CS:GO.

Elenco de CS:GO da OG durante o cs_summit 5 (Foto: BTS/Twitter)

Gen.G aposta no cenário norte-americano

A Gen.G também quis garantir o seu time na modalidade. A organização tinha times de quase todos os jogos e faltava Counter-Strike. Detalhe: a Forbes chegou a considerar em 2018 a Gen.G como a sétima organização de esports mais valiosa do mundo.

A entrada dela chegou por meio de um time também norte-americano, adquirindo três jogadores do time da Cloud9: daps, autimatic e koosta; som e bntet também se juntaram posteriormente.

Virtus.pro se despede da era polonesa

A Virtus.pro decidiu parar com a sua aposta em jogadores poloneses e assim, comprou a lineup da Avangar. Um quinteto que surpreendeu no último campeonato Major, chegando na final, onde foi derrotado pela poderosa Astralis.

Um dos times mais promissores e com mais potencial para chegar no top 10 mundial, sendo uma junção da experiência de Adren e juventude dos restantes, construindo assim uma fórmula “perfeita” para o sucesso.

Primeiro elenco não-polonês da Virtus.pro (Foto: Divulgação)

Cloud9, MAD Lions, retorno da Dignitas e c0ntact Gaming

Mais recentemente, a Cloud9 comprou a lineup que representava a ATK. Time este que vinha indo bem em qualifiers e conseguiu transportar essa capacidade para LAN, o que fez a grande organização norte-americana avançar para a sua compra.

A Mad Lions também garantiu o seu time ao obter a tão promissora lineup dinamarquesa que atuava pela Tricked.

Por sua vez, a Dignitas anunciou o seu time remontando o quarteto glorioso e lendário da NiP, formado for friberg, Xizt, GeT_RiGhT e f0rest. O último membro é a jovem promessa norueguesa proveniente da Nordavind, hallzerk.

Por fim, a lineup da Cr4zy foi adquirida pela nova organização c0ntact Gaming, na qual ainda não são públicos os detalhes, como nome, competições que irão participar, etc.

Time que surpreendeu no último Major é adquirido pela c0ntact Gaming (Foto: HLTV)

O jogador e o cenário serão os principais beneficiados

O jogador só tem a beneficiar com este avanço que está sendo dado não só ao Counter-Strike mas também nos esports em geral. Com a entrada de organizações empoderadas e com recursos monetários maiores, os jogadores terão mais ferramentas disponíveis para melhorar o seu desempenho e ainda receber melhores salários.

Simultaneamente, aumentará a competitividade com a luta entre as grandes organizações para se sobressaírem no cenário mundial. Acredito que este processo se deva muito à criação das ligas exclusivas, onde as grandes instituições de esports querem marcar presença, como a B Site e a nova ESL Pro League.

Concluindo, são muitas as organizações que, inesperadamente, decidiram apostar no CS:GO, jogo que muitos falavam estar num estado de decadência. Assim, 2020 tem tudo para ser um ano de grande mudança no cenário competitivo, podendo mudar de vez o panorama atual.

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