Assassin’s Creed Shadows já está entre nós, e o RPG da Ubisoft é um sucesso. Com apenas dois dias de lançamento, o jogo alcançou a marca de 2 milhões de jogadores, superando Assassin’s Creed Origins e Odyssey no mesmo período. Este texto poderia destacar a beleza do novo jogo da franquia, seus excelentes protagonistas e o combate envolvente, mas o foco aqui é LACRAÇÃO e HIPÓCRISIA.
Você sabia que havia pessoas torcendo e apostando que Assassin’s Creed Shadows seria um grande fracasso por ser um jogo “woke”, ou seja, por ter um protagonista negro e também, após descobrirem, que existe romance – OPCIONAL – entre pessoas do mesmo sexo?
E essa mesma turma, essa mesma central desprovida de intelecto e do mínimo necessário para convivência em sociedade, também afirmou que Split Fiction, um jogo com duas protagonistas mulheres, era uma propaganda feminista e lésbica? No entanto, Split Fiction vendeu mais de 2 milhões de cópias em apenas uma semana e conquistou a maior nota do ano no Metacritic.
Quem apostava nessa onda de negatividade, nesse flow de ódio e acreditava que seu choro afastariam os verdadeiros fãs de videogame desses jogos incríveis pode tirar o cavalinho da chuva — e, por falar em chuva, a chuva de Shadows é perfeita.
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Nós assopramos muitos cartuchos, gastamos o dinheiro do lanche com revistas de jogos e evoluímos juntos com os frames. Estamos cientes de que existe uma sociedade diversa, e ela continuará sendo retratada nos games, filmes e séries, pois a vida imita a arte, e vice-versa. Não, nós, jogadores, não vamos comprar discursos de quem constrói argumentos em cima de um teaser e passa a odiar um jogo apenas por conta da protagonista ser careca e negra.

Nem todo jogo é para todo mundo. O ponto aqui é o discurso de ódio, único e exclusivamente usado para atrair engajamento e likes. Se você não quer jogar jogos de tiro porque isso vai contra uma política que você acredita ou simplesmente não gosta de jogos violentos, ou se quer distância de Hogwarts Legacy por entender que não é possível separar a obra da criadora, está tudo bem.
Nós vivemos em uma sociedade diversa, também em pensamentos, posicionamentos e gostos, mas uma eventual divergência não deve ser combustível para brigas, discurso de ódio ou até mesmo crimes virtuais. Tem jogo para todos, só não tem mais palco para fulano, sicrano, Du, Dudu e Edu nenhum dar show de preconceito.
Sobre a pergunta do título, não, eles não sabem que o Dia dos Povos Indígenas é comemorado em 19 de abril.
Que conteúdo de merda. Como vcs ainda deixam uma pessoa dessa escrever pra vcs? tnc