A segunda DLC de The Division 2 nos leva de volta ao ponto de partida: Nova York. Battle for Brooklyn marca o retorno à cidade onde tudo começou, o cenário do primeiro jogo da franquia e uma nostalgia certeira para os fãs de longa data.

Antes de seguirmos, vale o aviso: este texto foca na campanha do jogo, embora para a grande maioria dos jogadores ela não seja tão importante assim. Afinal, a essência do looter shooter está quando o jogo termina e o farming começa. Ainda assim, há quem goste de uma boa narrativa, e os novos jogadores precisam de um alicerce para entender onde estão pisando.

Em Brooklyn, os desafios não são exatamente novos, já que enfrentamos os mesmos inimigos de sempre, embora os Cremadores agora estejam em posse de uma nova e misteriosa arma: a chama roxa. No aspecto narrativo, Battle for Brooklyn acrescenta pouco — ou quase nada — à história de The Division 2, bem diferente de Warlords of New York, que trazia uma trama cheia de reviravoltas.

Primeiro, partimos ao resgate da Dra. Kandel, enfrentamos a nova arma ameaçadora dos Cremadores e, por fim, investigamos uma misteriosa integrante entre os hackers — o que nos leva a um embate contra alguns Patas Negras. E é isso. Justo quando a trama começa a ganhar algum sinal de entusiasmo, a campanha acaba.

Certamente há mais por vir nas próximas temporadas, mas, para quem aprecia a lore do jogo, como eu, é inegável: essa campanha lançada com a nova DLC é frustrante.

Contudo, há um novo lar, novos personagens e também mudanças que trazem um respiro para o que realmente importa por aqui: o endgame. Apesar da história sem impacto, os eventos da nova expansão proporcionam missões que funcionam bem e, nos níveis mais altos, podem representar um desafio interessante.

O cenário, que não é tão novo assim, guarda itens colecionáveis, postos de controle para serem capturados, caçadas e, claro, itens exóticos para farmar de maneira frenética. Battle for Brooklyn também traz o início de uma nova temporada ao jogo, então esteja ciente de que novas atualizações estão por vir.

+ Siege X aposta em diversão e acessibilidade

The Division 2 é um dos jogos mais lindos e imersivos já feitos, e os cenários de Brooklyn reforçam esse legado. Seja nos ambientes externos ou internos, o jogo se destaca pela beleza e pela profundidade de detalhes nos cenários, um belo convite para usar o Modo Foto do game.

A campanha de The Division 2 – Battle for Brooklyn tem oito missões centrais que podem ser concluídas em algo próximo de 9 horas, e esse tempo pode ser menor se você optar pela dificuldade mais fácil, o que eu recomendo apenas caso seja um novo jogador e esteja jogando solo. Porém, ao meu ver, esse não é o tipo de jogo em que bancar o lobo solitário proporciona a melhor experiência. O jogo perde totalmente a sua essência no single player, mas essa é apenas a minha opinião.

The Division 2 – Battle for Brooklyn vale a pena?

Antes que alguém diga que é um erro investir em um conteúdo pago que oferece uma quantidade tão modesta de missões principais e praticamente nenhum impacto na narrativa do jogo, saiba que Battle for Brooklyn traz muito conteúdo no endgame, além de diversas inovações e novas propostas para o pós-jogo.

Evidentemente, essa não é a DLC dos sonhos que a comunidade de The Division 2 esperava. Mas voltar a Brooklyn por 74,99 na versão padrão é um bom negócio, considerando que esse preço é justo pelo que o pacote oferece.

Ao meu ver, a franquia ganha tons de despedida. Essa aposta na nostalgia é o início de um adeus e um passo rumo ao futuro. The Division 3, nós te esperamos de braços abertos o quanto antes!

Nota: 8

Para a elaboração deste artigo, nossa jornalista recebeu da representante da Ubisoft no Brasil uma cópia de The Division 2 – Battle for Brooklyn.