Head de Esports da Riot acena para torneios de VALORANT fora de São Paulo

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Foto: Bruno Alvares & Pedro Pavanato/Riot Games Brasil

Criada há dois anos, em meio a pandemia, a comunidade de VALORANT finalmente teve a primeira experiência de assistir um campeonato presencial no Brasil. O Last Chance Qualifier, realizado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, foi o primeiro contato do público com o cenário competitivo, protagonizando um dos maiores espetáculos da história dos esports no país.

Para falar sobre a primeira LAN com público do VALORANT no país, o The Clutch conversou com Carlos “Caco” Antunes, head de esports da Riot Games Brasil.

Segundo Caco, a ideia de realizar o torneio com torcida surgiu em meio à proposta da Riot para que a final do 2º Split do CBLOL de 2022 fosse no Ginásio do Ibirapuera. Assim, com a arena assegurada, ele afirma que houve um planejamento da empresa para a realização dos dois eventos no local.

“Pra gente poder fazer esse evento aqui no Ginásio do Ibirapuera, a gente começou o planejamento há muito tempo, porque como a própria final do CBLOL também será aqui, nós fechamos com o ginásio para um período de dois eventos. Então, na verdade a gente se planejou muito antes de começar a montar um torneio e criamos até umas estruturas na parte mais interna da cenografia para que suportasse os dois eventos”, explicou Carlos.

“Foi um planejamento para fazer uma infraestrutura comum para os dois torneios ou que tivesse um muita pouca diferença, mas que a percepção do público fosse diferente. Então, foi um trabalho de dois meses para planejar os dois eventos e a montagem levou aproximadamente 15 dias. Agora, a gente só entrega o ginásio após o CBLOL”, completou em seguida.

Público em peso no primeiro dia de LCQ no Ibirapuera (Foto: Bruno Alvares & Pedro Pavanato/Riot Games Brasil)

Caco também conta que a escolha da capital paulista para receber o LCQ se deve ao fato da logística de equipamentos para sua produção.

“A gente, de fato, ao estar em São Paulo, tem mais conhecimento e controle de tudo que acontece, pois é a cidade que a gente opera. Mas o pensamento primeiro em fazer aqui é que por ser um evento de dois dias, a gente queria garantir que teria o controle da montagem, dos equipamentos. Então tem muita coisa que, ao contrário de quando fazemos eventos em outras cidades, fazer em São Paulo faz com que a gente tenha uma maior facilidade. E ,especialmente, por esse primeiro evento, a escolha por São Paulo foi também nesse sentido”, revelou.

“Passado aquele momento mais restritivo da pandemia, a demanda por espaço de eventos tem sido muito alta no Brasil inteiro. Então tem vários lugares que não estão disponíveis no momento. Na verdade, ter encontrado um lugar para mais de 5, 6 mil pessoas como a gente queria, que pudesse levar a experiência [que queríamos], acabou que casou com a ideia de fazer junto com o CBLOL”, complementou Caco.

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Sobre a possibilidade de realizar outros eventos da modalidade no Brasil, o head de esports da Riot Games afirmou que a ideia permanece viva.

“Certamente continua a ideia, especialmente do VALORANT, que é uma comunidade que está começando, a gente pode dar esse reforço em vários lugares. É que essa foi uma decisão do primeiro ano. Um cenário com poucas arenas e também contar com a flexibilidade logística do nosso estúdio”, explicou Caco.

“A gente ainda não teve grande um contato com público. O nosso presencial até agora era só com jogadores, mas sem torcida. Então a nossa premissa era que assim que a gente tiver capacidade para fazer um evento, já estaríamos com um plano que seria para 4, 5, 6 mil pessoas para mais de um dia. A gente queria oferecer isso para comunidade de FPS, o VALORANT gerou isso”.

Plateia fez um show a parte nas arquibancadas do Ibirapuera (Foto: Bruno Alvares & Pedro Pavanato/Riot Games Brasil)

Sempre entregando os melhores espetáculos, principalmente com o League of Legends, Caco fala de sua receptividade com o público ao recebê-los e destaca a felicidade em entregar um grande espetáculo para todos os gêneros.

“A Riot tem essa tradição de celebrar tudo isso, de entregar algo grande. Eu sempre estou com o time, abrindo os portões para o público. É impressionante ver pessoas de diferentes idades, em grupo, com camisas de time, que buscam ver um bom VALORANT. Estou absurdamente feliz de ter descoberto tudo aquilo que a gente acreditava que ia estar aqui”, disse o head de esports.

Com a alta procura de ingressos para ambos os dias de LCQ, ele também revela que precisaram refazer o projeto inicial para aumentar a capacidade do evento para 60% da arena. A razão por um público menor se comparado no CBLOL, de acordo com Caco, era uma maneira de entender sobre a procura para o evento de VALORANT.

“A gente teve basicamente dois motivos para ter concebido um projeto para o LCQ com 60% da audiência, uma fatia. O primeiro era fazer algo diferente do CBLOL, pois já tinha uma ideia de fazer um palco central. O segundo ponto é que seriam dois dias, diferentemente do CBLOL. Então, até a gente entender a procura da comunidade por isso, nós vamos fazer um evento menor nos dois dias”, destacou Caco.

“A gente teve que abrir uma nova onda de ingressos. Quando vimos a grande procura no sábado e no domingo, tivemos que abrir mais o espaço no Ibirapuera para receber mais público. Mas, antes de ter testar algo com uma capacidade maior, preferimos apenas uma parte e, se der certo, iremos aumentar [o público]”, adicionou.

Sobre mais eventos neste segundo semestre de 2022, foi dito por Caco que as possibilidades são boas e que podem acontecer outras atrações, não só pro VALORANT como também pro Wild Rift.

“Estamos pensando em todas essas possibilidades para este segundo semestre, a medida que as restrições estão levantando, novas casas estão inaugurando, e a gente também está organizando nosso calendário de off season. Então, a princípio, desenhamos para fazer no estúdio, mas estamos pensando em variar algumas coisas não só pro VALORANT mas também para outros jogos como Wild Rift”, revelou.

Público em peso no primeiro dia de LCQ no Ibirapuera (Foto: Bruno Alvares & Pedro Pavanato/Riot Games Brasil)

Por fim, quando perguntado sobre o LCQ ser um chamariz para a Riot Games Global, Caco disse que esta foi uma forma de atrair a atenção do mundo para a realização de eventos internacionais como os Masters ou até mesmo o Champions.

“Tenho certeza que sim. Acredito que não só a nossa parte interna, de engenharia, de montar o evento, que acaba tendo soluções criativamente diferentes dos eventos internacionais, é uma provocação ao time global, outras formas de fazer e tudo mais. Mas a atenção do público, a alegria da torcida, mesmo no LoL, já sabíamos que era diferente aqui no Brasil, chama muito a atenção”, destacou.

“E isso é um aprendizado muito legal do time global, de regiões que não estão naquele ciclo das melhores regiões mas também fazem grandes espetáculos. O Japão é um grande exemplo disso. Certamente é um cartão de visitas, e a gente trabalha pra isso, de envolver o time global, de promover eventos. O VALORANT, explicitamente, é muito mais global que os outros jogos, então estamos trabalhando para que isso [um evento internacional] aconteça”, finalizou Caco.

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