BLAST cede à pressão e rompe parceria com a NEOM, diz site
Uma das maiores organizadoras de torneios de Counter-Strike: Global Offensive e Dota 2, a BLAST rompeu a parceria que havia feito com a NEOM, uma cidade que está sendo projetada na Arábia Saudita, de acordo com o portal dinamarquês B.T. A empresa cedeu à pressão da comunidade, que envolveu o público, narradores e equipes de CS:GO.
Segundo o B.T, Iain Twine, diretor não executivo da BLAST, confirmou o fim da parceria e afirmou que o objetivo da empresa segue sendo expandir a presença da marca pelo mundo, incluindo no Oriente Médio.
“Podemos confirmar que chegamos a um acordo conjunto, profissional e respeitoso com a NEOM para rescindir o contrato. A BLAST continua focada em aumentar o acesso e o envolvimento nos esports e vamos seguir buscando expandir nossa presença global, incluindo no Oriente Médio”, afirmou Iain.
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O fim da parceria teria sido comunicado pela própria BLAST às equipes parceiras em uma reunião realizada na noite desta segunda-feira (10). Entre os times que possuem contrato atrelado com a organizadora estão a MIBR, FaZe Clan, OG, Complexity, G2 Esports e Team Vitality.
O acordo entre BLAST e NEOM foi anunciado no fim do mês passado. Na época, a League of Legends Championship Series (LEC) também comunicou a parceria com a cidade futurística, mas recuou após um grande clamor por parte da comunidade. Agora, foi a vez da organizadora de eventos de CS:GO e Dota 2 ceder à pressão.
Comunidade contra a NEOM
Na última semana, um grupo de narradores e comentaristas da BLAST anunciou que não trabalharia mais com a organizadora caso ela mantivesse a parceria com a NEOM. A iniciativa havia sido tomada por Vince Hill, Frankie Ward, Harry Russell e Hugo Bryon e gerou grande repercussão no cenário.
Até então, todas as equipes parceiras da BLAST permaneceram em silêncio, com exceção da Astralis. CEO da organização dinamarquesa, Anders Hørsholt declarou como “inaceitável” o apoio da empresa à NEOM. No entanto, Jason Lake, CEO da Complexity, confessou que os times não haviam sido informados da decisão.
De acordo com o jornal The Guardian, a Arábia Saudita enfrenta diversas acusações da ONU. Entre elas a de violar os direitos humanos das comunidades vizinhas ao local do NEOM. Isso porque o governo Saudita teria destruído diversas cidades e expulsado os moradores das terras para que o projeto fosse realizado.